quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Árvores adequadas para plantio em vias urbanas e e dicas de como plantá-las adequadamente

Rua de Caxambu MG com tons diferentes de quaresmeiras e outras especies adequadas para calçadas

As árvores são fundamentais nas ruas e avenidas. Além de embelezar, elas tem um importante papel no equilíbrio térmico, refrescando onde quer que estejam. 
Também colaboram com a redução da poluição sonora e do ar, fornecem sombra, refúgio e alimento para as aves. Os benefícios não param por aí, poderíamos falar de fixação de carbono, produção de oxigênio, proteção contra ventos, etc. Mas a escolha da espécie correta é fundamental. 

Alguns aspectos têm que ser levados em conta:

Qual o bioma da sua região? Por exemplo, se for Cerrado, o mais adequado é plantar árvores do Cerrado. Se numa região de cerrado você planta árvores nativas da Mata Atlântica poderá ter problemas futuros já que as árvores não terão um desenvolvimento natural, por ser de outro bioma. Teria que se adaptar e geralmente sofre modificações devido a diferenças climáticas. Árvores exóticas, de outros biomas ou países, são consideradas invasoras, podem inclusive desequilibrar o meio ambiente e prejudicar o desenvolvimento da fauna nativa.

Conheça o porte da árvore que quer plantar. Procure saber se ela tem raízes agressivas, se estouram asfalto, calçadas e danificam as redes elétricas e tubulações.


Se forem plantar árvores frutíferas na sua calçada, veja antes se o tipo de fruto produzido pela árvore não traria problemas. Por exemplo, um pé de abacate em sua calçada geraria problemas sérios quando os frutos caírem ao chão porque levaria risco de escorregões e acidentes aos pedestres. Manga também, bem como e outras frutas cujas polpas e cascas são escorregadias se ficarem no chão. 

Se você deseja plantar uma árvore na sua calçada, o primeiro passo é procurar a prefeitura. Muitas delas tem um plano de arborização urbana, com espécies de árvores indicadas por profissionais capacitados. Não raro, você poderá solicitar o plantio à prefeitura, ou buscar as mudas você mesmo no viveiro municipal.Fique atento, o plantio da árvore errada pode provocar muita dor de cabeça no futuro, como tubulações de água e esgoto estourados, calçadas levantadas, problemas na rede elétrica, galhos que ameaçam cair a qualquer momento, frutos pesados que caem sobre carros, ramos espinhentos que atrapalham os pedestres, sujeira e mal cheiro advindo de frutos, folhas ou flores caídos, entre muitas outras situações desagradáveis a perigosas. E geralmente você não pode fazer muita coisa. Na maioria das vezes o corte ou poda é permitido apenas à prefeitura e companhia elétrica. O corte inautorizado pode lhe render multas pesadas e, dependendo da espécie, ser considerado crime ambiental. Você terá que solicitar o serviço e aguardar que aprovem. Portanto, escolha bem. Uma árvore é maravilhosa e para além da vida toda. Abaixo segue uma lista de espécies que são indicadas para calçadas. As espécies que alcançam até 10 metros são boas para calçadas com fiação elétrica, enquanto as maiores podem ser plantadas em calçadas sem fiação.


Noivinha: Euphorbia leucocephala

Embora, ela tenha outros nomes populares, além de Noivinha. Ela é conhecida também com os seguintes nomes: mês de maio, neve da montanha, cabeça branca, leiteiro-branco, cabeleira-de-velho, flor-de-criança, chuva-de-prata.Durante o mês de maio, suas folhas verdes, ficam brancas, tornando-a linda e encantadora. Em junho suas folhas já voltam a coloração verde normal. É uma árvore de porte pequeno, que não atinge 3 metros. Não agride a calçada e nem prejudica a fiação elétrica.

Ipê.  Tabebuia sp:
pê-amarelo demora um pouco para crescer, mas transforma a paisagem (Foto: Wikimedia Commons)

Os ipês são de grande porte, com raízes profundas que não danificam as calçadas e exige poucos cuidados. É vastamente usado como árvore decorativa devido à sua florescência colorida e anual.Gênero de árvores, em sua maioria nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes, madeira resistente e florescimento exuberante nas cores amarelo, branco, rosa e roxo. Atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação elétrica. As outras espécies de ipês como o roxo e rosa não são indicadas para calçadas pelo porte da copa e altura, como o roxo e o rosa, que pode chegar a 30 metros. Outra espécie de ipê indicada para calçada é o Caraiba (Tabebuia áurea), muito comum no Cerrado, cujo tamanho não ultrapassa os 5 metros. Pode ser plantado também o ipê-mirim (Tecoma stans) de pequeno porte, até 5 metros. Não prejudica a calçada e nem fiação. O mesmo para o ipê branco (Tabebuia róseo-alba), também conhecida como Planta do Mel. É uma linda espécie de ipê, ideal para calçadas, contra a fiação elétrica. Ultrapassa os 5 metros, podendo chegar a 12 metros. Tem uma linda florada, mas bem curta. Dura em média 25 horas apenas. 

Jacarandá Mimoso - Jacarandá mimosaefolia

Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de ruas, praças e avenidas. Sua altura é de 8 a 15 metros. Suas raízes são profundas, não danificam calçadas e nem redes subterrâneas. Por atingir 15 metros, melhor ser plantada contra a rede elétrica. Existem dezenas de espécies de jacarandás, ao optar por plantio dessa árvore, dê preferência para esta espécie que vê na foto acima, o Mimoso.

Extremosa ou Resedá - Lagerstroemia indica.

Arvoreta largamente utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso, é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge 8 metros de altura.

Manacá da Serra - Tibouchina mutabilis

Belíssima arvore, em que é possível admirar flores em três cores diferentes simultaneamente, branca, rosa e roxa, de acordo com a idade da flor. Atinge 6 metros de altura.

Alfeneiro – Ligustrum lucidum 

Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia à pólen.

Quaresmeira - Tibouchina granulosa

Tem com flores roxas e rosa e são indicadas para calçadas. Têm raízes profundas, galhos firmes, dão bom sombreamento e suas folhas retêm impurezas do ar, ajudando a diminuir a poluição. Muito usada na ornamentação urbana pela beleza de suas flores.

Segue lista de mais árvores que podem ser plantadas em vias urbanas:

7 - strapéia - Pterocarpus violaceus

8 - Cássia imperial - Cassia fistula

9 - Chuva de ouro - Laphantera lactescens

10 - asmim-manteiga - Plumeria rubra

11 - Pata-de-vaca - Bauhinia purpúrea

12 - Pitangueira - Eugenia uniflora

13 - Extremosa - Lagerstroemia Indica

14 - Jabuticabeira - Eugenia cauliflora

Essas são algumas sugestões. Existem centenas de árvores adequadas para calçadas, bem como inadequadas. Como citei acima, consulte os órgãos ambientais de sua cidade para se informar e dê preferência para a flora do Bioma em que vive. Plante as árvores nativas de sua região.

Após a escolha da espécie que irá plantar, siga essas dicas:

- A muda adequada para plantio tem que ter entre 1 metro e meio a 2 metros.

- Deve ser plantada a 1,50 metros de bocas-de- lobo, garagem e de acessos a cadeirantes

- Árvores de pequeno porte devem ser plantadas na distância de 4 metros umas das outras. De médio porte a 6 metros e de grande porte a 8 metros de distância.

- Retire a embalagem. Saquinhos, garrafas pets ou vasos, caso contrário elas não vingarão.

- Faça uma cova de pelo menos 80 centímetros (Isso para evitar que quando a árvore crescer, suas raízes não fiquem expostas e nem a mesma sujeita a quedas fáceis ) e pelo menos 1 metro quadrado de diâmetro. Nesse metro quadrado você pode plantar grama. Coloque na cova adubo orgânico. Depois que plantar, coloque adubo em volta também.

-Deixe uma área livre ao redor da muda

- Finque uma lasca de bambu próximo à cova e amarre com corda (não use arame) o tronco da muda para que ela cresça retilínea.

Não cerque com concreto ou tijolos a árvore por que suas raízes precisam respirar e retirar água e nutrientes do solo. Deixe um espaço de terra em volta da árvore, em torno de 100 centímetros de diâmetro pelo menos. Não faça barreiras para evitar que a água da chuva entre na cova da árvore. É comum vermos as pessoas cercarem com tijolos a árvore, fazendo quadrados. Isso é errado e impede o contato dá planta com a água da chuva que está na calçada. Elas precisam dessa água.


- Regue pelo menos três vezes por semana a planta com água limpa.



Fonte: http://www.ecovidabomdespacho.com/2016/10/arvores-que-voce-pode-plantar-em-sua.html?m=1



sexta-feira, 23 de setembro de 2016

MEDIDA PROVISÓRIA No - 746, DE 22 DE SETEMBRO DE 2016


MEC divulga Medida Provisória que reforma o Ensino Médio - Ampliação da carga horária, flexibilização do currículo e desobrigatoriedade de licenciatura para os professores são algumas das principais mudanças, mas ainda há muitos pontos de dúvida

Presidente Michel Temer e ministro da Educação Mendonça Filho em lançamento de Medida Provisória sobre novo Ensino Médio. Crédito: Fotos públicas. Carolina Antunes/PR

O presidente Michel Temer e o ministro da Educação Mendonça Filho apresentaram em 22 de setembro a proposta para o novo modelo de Ensino Médio, por meio de uma Medida Provisória (MP). NOVA ESCOLA conseguiu uma versão do texto completo (disponível aqui, mas ainda não publicado no Diário Oficial). 

Há muito se questiona o formato do Ensino Médio, seus altos índices de evasão e resultados fracos nas avaliações externas. A divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) escancarou que essa etapa de ensino está estagnada em patamares muito baixos de qualidade. Diante dos resultados, o Ministério da Educação (MEC) optou por implementar a MP, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e estabelece mudanças já para o ano de 2017.  

O anúncio de que a reforma seria feita por meio de uma MP foi feito na semana passada e se confirmou mais rápido do que se imaginava. Na avaliação de Nilson Machado, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o sentimento de urgência não é um bom conselheiro. “Há muita dúvida e controvérsia sobre como se reorganizar o Ensino Médio no Brasil. A princípio, não é porque a reforma vem por meio de uma MP que ela não é democrática e demonstrativa. Há muitas pessoas auxiliando com contribuições e o poder público pode se munir de sugestões de diferentes maneiras. O que incomoda é a pressa em resolver com menos atores do que se precisaria ter”, explica. “Precisaríamos reunir expertise do Ensino Básico público, do privado, de instituições e do Ensino Superior também, por exemplo. Afinal, há que ter sintonia com o modo como a universidade se organiza”, complementa Nilson.



O que muda no Ensino Médio com a aprovação da MP

O texto da MP foi baseado no projeto de lei 6.840/2013 e propõe o aumento da carga horária anual de 800 para 1400 horas e que o currículo seja organizado por áreas de conhecimento. Hoje, ele contém 13 disciplinas obrigatórias e a previsão é que passe a ser dividido por Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. "Não está decretado o fim de nenhuma disciplina", assegurou Rossieli Soares da Silva, secretário da Educação Básica. "Tudo o que estiver na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) será contemplado". No entanto, o texto abre uma brecha ao citar o ensino de Língua Portuguesa, Inglesa e Matemática como obrigatórios nos três anos do Ensino Médio e colocar Arte e Educação Física como componentes apenas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Está prevista, também, a inclusão de temas transversais no currículo, que deverão estar dispostos na BNCC, e a última série do Ensino Médio será organizada com base em opções formativas (ênfase em uma área de estudo ou formação profissional), a critério do aluno. Na apresentação da proposta, o protagonismo dos estudantes foi alardeado como importante. A promessa é que os jovens sejam envolvidos em seminários que discutirão o novo modelo nos próximos meses, para que a implantação ocorra de fato no início de 2017.

No ano letivo após a conclusão, o estudante poderá optar por fazer um segundo itinerário formativo. As escolas não precisarão ofertar as cinco áreas de ênfases definidas pela MP. As redes podem ter unidades mais focadas em um ou outro escopo. “A legislação abre infinitas possibilidades, não vai ter mais um modelo único de Ensino Médio”, disse Eduardo Deschamps, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), no evento de apresentação da MP. “É possível que um estado opte por deixar já no 1º ano a possibilidade de fazer uma ênfase.”

“A discussão da reforma do Ensino Médio tem que ter sintonia com o modo como a universidade se organiza. Um aluno que está preparado por área não vai estar preparado para o vestibular e isso terá que mudar”, alerta Nilson. “A reforma está acontecendo em papel sem mobilização de expertise de universidades e professores da Educação Básica”.

Na avaliação de Alexsandro Santos, gerente de desenvolvimento e conteúdo do Instituto Unibanco, as disciplinas organizadas por área são um movimento importante de reconhecer o que os jovens gostariam de aprender na escola. “Elas colocam a possibilidade de se fazer escolhas de acordo com habilidades e interesses. Porém, para saber se isso vai caminhar positiva ou negativamente precisamos olhar como serão implementadas essas medidas, porque a MP delega para os estados, mas não diz como será organizado”, explica. “Precisamos pensar que criando itinerários formativos, corremos o risco desses jovens não terem uma formação completa, ao mesmo tempo que talvez a flexibilização seja uma oportunidade de repensar a quantidade de conteúdo que a gente quer ensinar no Ensino Médio e que talvez não corresponda  à Educação Básica”, continua.



Carreira docente

Para reduzir o déficit de professores nessa etapa de ensino, o texto propõe alterar o artigo 61 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Agora, também são considerados profissionais da Educação Básica aqueles com “notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino”. Assim, não é mais necessário ter uma licenciatura na disciplina específica para dar aulas.

Essa medida contradiz as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica e ações que visam a valorização da carreira docente. Cesar Callegari, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), diz que já há uma grande improvisação na Educação Básica por falta de docentes. “Hoje, cerca de 40% dos professores da rede pública não estão formalizados para dar aula na disciplina que atuam. Já temos uma situação precária e, se isso for formalizado, vai consagrar a fonte de um dos principais problemas de formação dos nossos professores”, diz.

“Se, por um lado, é um retrocesso possibilitar que profissionais que não sejam professores assumam a sala de aula, por outro, temos um problema de contratação, de falta de profissionais em muitas redes de ensino”, pondera Alexsandro. Ele ressalta, entretanto, que não faz sentido mudar primeiro a escola e depois os professores. “Vamos formar docentes para uma escola que não existe mais. Isso cria um descompasso, mais uma vez, entre modelo de formação e currículo. Se o governo considerou urgente a reforma, deveria colocar a formação também nessa prioridade”.



Tempo integral

A carga horária diária será de sete horas. Parte do currículo será obrigatório e parte optativo, cabendo à BNCC definir os conteúdos comuns a todas as escolas, que não deverão ultrapassar 1.200 horas. A diversificação do currículo estará também integrada e articulada à Base, mas prevê autonomia para que os sistemas de ensino criem seus currículos com base no contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural local. Na avaliação do gerente do Instituto Unibanco, a extensão do tempo na escola é positiva, pois é uma das metas previstas no Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê para 2024 que até 50% das escolas públicas sejam atendidas pelo ensino integral.

Callegari alerta para o fato de que esse aumento não necessariamente se transforma em melhoria educacional. “Ele precisa representar uma mudança substantiva das propostas, na ideia não de tempo integral, mas de formação integral”, fala.

Já no primeiro semestre de 2017, será estimulado que os estados ampliem o número de escolas e matrículas no Ensino Médio Integral. Também está previsto que, pelo período de quatro anos, as escolas que atendem 400 alunos ou mais receberão 2 mil reais por aluno/ano. “Outros compromissos financeiros ficarão por conta dos estados”, explica Alexsandro. “Por exemplo, a contratação do quadro de professores será um custo dos estados e cada um fará sua reforma em seu tempo, de acordo com suas capacidades financeiras. ”



Como funciona uma Medida Provisória

A MP (prevista no artigo 62 da Constituição Brasileira) só pode ser adotada em casos de relevância e urgência e é um ato do presidente da República. Pelo prazo de 60 dias, ela tem força de lei, antes de ser submetida ao Congresso Nacional e analisada pelo Poder Legislativo, que deve decidir se a proposta vira uma lei permanente ou não. Caso, durante esse período, ela não seja convertida em lei, o prazo de vigência da MP pode ser prorrogado por mais 60 dias.

Depois de aprovada na Câmara e no Senado, ela precisa ser sancionada pelo presidente, que tem o direito de vetar parcial ou integralmente o texto, caso discorde de alterações feitas pelo Congresso.

Fonte: G1 e Nova Escola.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Estudo redesenha rota de passagem de humanos para as Américas

11/08/2016 

Pesquisa descarta possibilidade de passagem por Estreito de Bering. Na época, não havia plantas ou animais que permitiriam sobrevivência.

 Mapa mostra a abertura das rotas de migração para a América do Norte, de acordo com o estudo  (Foto: Mikkel Winther Pedersen/Divulgação)
Mapa mostra a abertura das rotas de migração para a América do Norte, de acordo com o estudo (Foto: Mikkel Winther Pedersen/Divulgação)

As primeiras pessoas a chegar às Américas não poderiam ter passado pelo corredor de camada de gelo - onde hoje fica o Estreito de Bering - que se pensava que tinha sido o ponto de entrada de humanos para os continentes de acordo com um estudo publicado quarta-feira (10).
Mais provavelmente, os pioneiros humanos do Novo Mundo - provavelmente cerca de 15 mil anos atrás - avançaram ao longo de uma costa do Pacífico, suficientemente livre de gelo para suportar a flora e a fauna necessárias para sustentar a vida.
A rota e o período exatos desta migração inaugural permanecem sendo conjecturas, disseram os pesquisadores.
Mas o que é certo, de acordo com as descobertas relatadas na revista científica "Nature", é que a versão clássica sobre aquela passagem está errada.
Durante décadas, os cientistas trabalharam com a seguinte teoria.

Cerca de 14,5 mil anos atrás, um corredor norte-sul de 1.500 km se abriu entre a camada de gelo Cordilleran - que cobria aproximadamente o que é hoje a província canadense de Colúmbia Britânica - e a muito maior camada de gelo Laurentide, que ocupava o resto do Canadá.

Vista atual da região onde foi criado corredor livre de gelo mais de 13 mil anos atrás  (Foto: Mikkel Winther Pedersen/Divulgação)
Vista atual da região onde foi criado corredor livre de gelo mais de 13 mil anos atrás (Foto: Mikkel Winther Pedersen/Divulgação)

A era do gelo foi lentamente desaparecendo e dando lugar a uma ponte de terra entre a Eurásia e o Alasca.
Cerca de mil anos mais tarde, de acordo com esta teoria, os primeiros seres humanos da era do gelo se moveram através desta passagem interior para fundar novas culturas no sul.

Uma nova história

Entre eles estava o povo de Clóvis, que apareceu pela primeira vez nos registros arqueológicos mais de 13 mil anos atrás.
Este enredo pressupõe, naturalmente, que estes primeiros povos encontraram alimentos ao longo do caminho.
E é aí que a teoria cai por terra, de acordo com Mikkel Pedersen, pesquisador do Centro de GeoGenetics da Universidade de Copenhague e autor principal do estudo.
"O primeiro momento em que o corredor se abre para a migração humana é 12,6 mil anos atrás", disse à AFP.
Embora a passagem possa ter estado livre, "não havia absolutamente nada antes desta data no ambiente em volta - nem plantas, nem animais".
Nada, em outras palavras, que teria permitido aos seres humanos se alimentarem durante um longo e árduo caminho entre penhascos de gelo.
Outras pesquisas que mostraram que os seres humanos poderiam ter chegado às Américas pelo menos 14,5 mil anos atrás - e talvez alguns milhares de anos antes disso - já tinha começado a enfraquecer a hipótese do corredor de camada de gelo, forçando especialistas a olharem mais de perto a possibilidade de uma rota costeira.
Pedersen e colegas agora parecem ter fechado definitivamente a porta para a teoria da rota pelo interior.
Os métodos inovadores que eles utilizaram para reconstruir o ecossistema no final da idade do gelo foram cruciais para a descoberta.
Em vez de procurar vestígios de DNA de plantas ou animais específicos enterrados em sedimentos - a abordagem padrão - a equipe de Pedersen usou o que é chamado de método de "shotgun" (espingarda), catalogando todas as formas de vida em uma determinada amostra.
"Tradicionalmente, estivemos procurando genes específicos de uma ou de várias espécies", explicou.
"Mas a abordagem 'shotgun' realmente nos deu uma visão fantástica sobre todas as diferentes" cadeias alimentares. "Camadas, desde bactérias e fungos até plantas superiores e mamíferos".
Janela para mundos antigos
Os pesquisadores escolheram extrair núcleos de sedimentos do que teria sido uma passagem estreita no corredor interior, uma área parcialmente coberta hoje pelo Charlie Lake, na província canadense de British Columbia.
A equipe fez datação por radiocarbono e recolheu amostras enquanto estava na superfície do lago congelado no inverno.
Até 12,6 mil anos atrás, o ambiente era quase inteiramente desprovido de vida, descobriram os cientistas.
Mas o ecossistema evoluiu rapidamente, dando lugar dentro de algumas centenas de anos a uma paisagem de grama e sálvia, logo povoada por bisões, mamutes, coelhos e ratazanas.
Mil anos depois, o ecossistema teve uma nova transição, esta vez para um ambiente com árvores, alces e águias.
As descobertas abrem "uma janela para os mundos antigos" e são uma pedra angular em uma "grande reavaliação" de como os seres humanos chegaram à América, disse Suzanne McGowan, da Universidade de Nottingham, comentando o estudo na Nature.
Elas também tornaram a teoria da passagem costeira muito mais provável, acrescentou.
Outros estudiosos concordam.
"Se já houve um corredor livre de gelo durante o Último Máximo Glacial, não era nas regiões do interior do norte da América do Norte, mas ao longo da costa noroeste", escreveu James Dixon, da Universidade do Novo México, em um estudo recente.

Fonte: G1

terça-feira, 26 de julho de 2016

Brasileiro cresce em altura nos últimos cem anos, mas ainda é 'baixinho'.

Quando o assunto é altura, o homem da Holanda e a mulher da Letônia ficam por cima de todas as outras nacionalidades, aponta um novo estudo.
O holandês médio tem hoje 1,83m e a mulher letã alcança 1,70 m.
A pesquisa, publicada na revista científica eLife, mapeou tendências de crescimento em 187 países desde 1914.

E descobriu que o homem do Irã e a mulher da Coreia do Sul registraram o maior salto na altura, crescendo uma média de 16 cm e 20 cm.
O homem brasileiro tem, em média, 1,73m, e a mulher, 1,60m. Ambos registraram o mesmo crescimento desde 1914: 8,6 cm.
Para homens, o Brasil é o 68º colocado em altura entre os países pesquisados - fica acima de nações como Portugal, México e Chile, e abaixo de Romênia, Argentina e Jamaica.
A mulher brasileira alcançou a 71ª posição, mais alta do que a mulher turca, argentina ou chinesa, e mais baixa do que as espanholas, israelenses e inglesas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a altura dos cidadãos começou a atingir um limite nos anos 1960 e 1970. Ao longo do último século, homems e mulheres cresceram apenas 6 cm e 5 cm, respectivamente.
Em 1914, o homem americano era o terceiro mais alto do mundo, e a mulher, a quarta mais alta. Hoje eles estão em 37º e 42º lugar.
Países europeus dominam os rankings de altura hoje, mas os dados sugerem que, em geral, as tendências de crescimento se estabilizaram no Ocidente.
O homem mais baixo do mundo é o do Timor Leste: 1,60 m.
A mulher mais baixa é a da Guatemala, titulo que também ostentava em 1914. Segundo os dados da pesquisa, a guatemalteca média de 18 anos tinha 1,40 m há um século, e hoje ela ainda quase não alcança 1,50 m.

A genética explica algumas variações de altura pelo planeta, mas nosso DNA pode não ser o fator principal  (Foto: Flicker/U.S.Army IMCOM/Creative Commons)
A genética explica algumas variações de altura pelo planeta, mas nosso DNA pode não ser o fator principal (Foto: Flicker/U.S.Army IMCOM/Creative Commons

O leste da Ásia registrou os maiores crescimentos. Pessoas no Japão, China e Coreia do Sul são bem mais altas do que eram há 100 anos.
"Já as partes do mundo onde pessoas não ficaram particularmente mais altas ao longo de 100 anos de análise estão no sul da Ásia (como Índia, Paquistão e Bangladesh) e na África subsaariana. O aumento de altura ficou entre 1 cm a 6 cm nessas regiões", disse o co-autor do estudo James Bentham, do Imperial College de Londres.
Na verdade, as alturas médias chegaram a cair em certas partes da África subsaariana desde os anos 1970. Nações como Uganda e Serra Leoa viram a altura média do homem perder alguns centímetros.
A genética explica algumas variações de altura pelo planeta, mas os autores do estudo afirmam que nosso DNA não pode ser o fator principal.

 Países europeus dominam os rankings de altura, mas dados sugerem que as tendências de crescimento se estabilizaram no Ocidente  (Foto: CDC/ Amanda Mills)
Países europeus dominam os rankings de altura, mas dados sugerem que as tendências de crescimento se estabilizaram no Ocidente (Foto: CDC/ Amanda Mills)

O cientista chefe Majid Ezzati, também do Imperial College, disse à BBC: "Cerca de um terço da explicação está nos genes. Mas isso não explica a mudança ao longo do tempo. Os genes não se alteram tão rápido e não variam muito no planeta. Então mudanças no tempo e variações pelo mundo são, em grande parte, ambientais."
Bons padrões de saúde, saneamento e nutrição são os principais determinantes ambientais da altura, diz Ezzati. Outro fator importante é a saúde da mãe e a alimentação durante a gravidez.
Outra pesquisa mostrou que a altura tem correlação com consequências positivas e algumas negativas.
Pessoas altas tendem a ter expectativa de vida maior, com menor risco de doenças do coração. Por outro lado, há evidências de que estão sob maior risco de certos cânceres, como colorretal, mama pós-menopausa e tumores de ovário.
"Uma hipótese é que fatores de crescimento possam promover mutações em células", afirmou Elio Riboli, outro coautor do estudo.
A pesquisa, chamada "Um Século de Tendências na Altura Humana", é resultado do trabalho de um grupo de mais de 800 cientistas, em associação com a Organização Mundial da Saúde.
Os países com os homens mais altos em 2014 (ranking de 1914 entre parênteses):
1. Holanda (12)
2. Bélgica (33)
3. Estônia (4)
4. Letônia (13)
5. Dinamarca (9)
6. Bósnia-Herzegovina (19)
7. Croácia (22)
8. Sérvia (30)
9. Islândia (6)
10. República Tcheca (24)
Os países com as mulheres mais altas em 2014 (ranking de 1914 entre parênteses):
1. Letônia (28)
2. Holanda (38)
3. Estônia (16)
4. República Checa (69)
5. Sérvia (93)
6. Eslováquia (26)
7. Dinamarca (11)
8. Lituânia (41)
9. Belarus (42)
10. Ucrânia (43)

Fonte: g1.globo.com

terça-feira, 19 de julho de 2016

ANVISA divulga lista dos alimentos com maior nível de contaminação

Se você acha que frutas e legumes eram saudáveis, é melhor rever seus conceitos. Ao invés de nutrientes, você pode estar ingerindo produtos tóxicos que fazem muito mal para sua saúde.

alimentos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou uma lista com alimentos considerados saudáveis por todos, mas que em testes exibiram alto nível de contaminação por agrotóxicos. Para fazer o levantamento, a Anvisa levou em consideração dois pontos fundamentais:

1) Teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido;

2) Presença de agrotóxicos não autorizados para o tipo de alimento.

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos analisou quase 2.500 amostras de 18 tipos de alimentos nos estados brasileiros. O resultado das análises é preocupante: cerca de 1/3 dos vegetais que o brasileiro mais consome apresentaram resíduos de agrotóxicos acima dos níveis aceitáveis.

lista

Se você acha que frutas e legumes eram saudáveis, é melhor rever seus conceitos. Ao invés de nutrientes, você pode estar ingerindo produtos tóxicos que fazem muito mal para sua saúde. Os agrotóxicos são amplamente utilizados no campo para proteger as plantações de pragas. Um levantamento de 2010 indica que só naquele ano foram usadas 1 milhão de toneladas de agrotóxicos em plantações no país. Isso dá cerca de 5 kg para cada brasileiro. Na lista, quase todas as amostras coletadas de pimentão apresentavam contaminação acima do aceitável. Só a batata se salvou, não apresentando nenhum lote contaminado.

Consumo de alimentos contaminados pode causar câncer

A Anvisa alerta os consumidores para os riscos de se ingerir agrotóxicos. Segundo o órgão, o consumo prolongado e em quantidades acima dos limites aceitáveis pode acarretar vários problemas de saúde. Uma menor exposição pode causar dores de cabeça, alergias e coceiras, enquanto uma exposição maior pode causar distúrbios do sistema nervoso central, mal formação fetal e câncer.

A Academia Americana de Pediatria conduziu um estudo com mais de mil crianças, onde 119 apresentaram transtorno de déficit de atenção. Essas 119 crianças passaram por exames mais detalhados e constatou-se que seus organismos tinham organofosforado (molécula usada em agrotóxicos) acima da média.

agro

Fonte: Saúde Popular

sexta-feira, 11 de março de 2016

Rússia quer usar foguetes nucleares para chegar a Marte



Rússia quer usar foguetes nucleares para chegar a Marte em 45 dias


A Rússia acredita ter uma proposta para chegar a Marte muito mais rápido do que os 18 meses esperados para uma viagem com a tecnologia atual. A Rosatom, a companhia estatal de energia nuclear, anunciou está desenvolvendo um motor nuclear, que seria capaz de levar pessoas da Terra até o planeta vermelho em apenas 45 dias, com combustível suficiente para voltar. 

Com a tecnologia atual, não só é demorado e arriscado ir para Marte, como também é muito provável que a viagem não tenha volta, devido justamente ao problema do combustível. O uso da energia nuclear poderia ser uma alternativa. 

O problema é, como tudo na vida, dinheiro. A situação econômica da Rússia não é tão boa para bancar um projeto do tipo, então há a chance de que não seja possível cumprir a meta de lançar um protótipo em 2025. Os desafios técnicos, curiosamente, não são o problema neste caso. 

Acontece que, graças à Guerra Fria, tanto Estados Unidos quanto União Soviética trabalharam com sistemas de propulsão a fissão nuclear. A questão é que, na época, estes sistemas foram projetados para satélites relativamente leves, e não para naves interplanetárias repletas com os equipamentos necessários para manter a vida durante a viagem. 

De qualquer forma, a adaptação “não seria muito complicada”, explica Nikolai Sokov, do Centro James Martin de Estudos para a Não-Proliferação na Califórnia à Wired. A principal questão técnica e financeira é construir uma nova em volta destes sistemas de propulsão, que são diferentes da técnica mais comum com queima de combustível. 

A Rosatom não entrou em detalhes sobre como faria este sistema de propulsão, mas ao que tudo indica a ideia é usar fissão termonuclear. A ideia é dividir átomos, o que gera muito calor (o conceito é similar ao da bomba atômica), e aproveitar este calor para queimar hidrogênio ou outro combustível. Direcione o fogo para um lado (para baixo), e o foguete irá para o outro (para cima). 

Fonte: Olhar Digital

Inversão térmica - o fenômeno que retém poluentes na atmosfera.

A inversão térmica dificulta a dispersão do ar poluído. 

inversão térmica poluição

Segundo a ONU, ocorrem oito milhões de mortes ao ano em consequência da poluição do ar. A geração de poluentes e o impacto na saúde das pessoas dependem tanto da existência de fontes emissoras, como também da dispersão de gases. Essa dispersão está relacionada com variáveis como posição da chaminé das fábricas, topografia do local, direção dos ventos e clima.

As principais fontes da poluição atmosférica são as fábricas e os meios de transporte. O transporte polui por conta da combustão da gasolina, óleo diesel, álcool, entre outros, o que gera gases como monóxido de carbono, óxido de enxofre, gases sulfurosos, além de diversos hidrocarbonetos não queimados.

A inversão térmica é um fenômeno que dificulta a dispersão dos poluentes gerados nos centros urbanos. Ela é consequência do rápido aquecimento e resfriamento da superfície. Esse fenômeno pode ocorrer naturalmente ou ser causado pela maneira que a cidade está estruturada.

Como ocorre a inversão térmica?

As camadas da atmosfera têm diferentes distâncias e características. A troposfera (camada mais próxima ao solo) tem a característica de apresentar uma diminuição de temperatura com o aumento da altitude. Nessa camada, o ar costuma circular em movimentos verticais (correntes de convecção) por conta da diferença de temperatura existente entre o ar das camadas mais baixas e o ar das camadas mais altas.

Camadas da atmosfera


Em decorrência da absorção da radiação solar, o ar mais perto do solo costuma ser mais quente. Por isso, esse ar tem as moléculas mais agitadas, que ocupam maior volume com menor peso (o que torna o ar menos denso). A tendência dessa massa de ar menos densa é sofrer um movimento de ascensão. Com esse movimento, a massa menos densa ocupa o lugar da massa que está em uma temperatura inferior (mais densa), movendo-a para baixo. A medida que a massa de ar quente sobe, ela se resfria e continua o processo de ascensão por encontrar massas de ar mais densas do que ela. Esse processo faz com que a massa de ar que estava próxima ao solo suba e leve consigo as partículas de poluentes que estavam nela. Esse é o funcionamento típico das massas de ar na troposfera, e colabora com a dispersão da poluição local.

Porém, em alguns dias, ocorre uma inversão desse processo. Essa inversão ocorre principalmente durante o inverno, quando as noites são mais longas (menos radiação solar) e a umidade cai, podendo criar uma camada de ar frio próxima ao solo e abaixo da primeira camada de ar quente. O ar frio, como é mais denso, tende a ficar preso abaixo da camada quente, retendo todos os poluentes consigo, uma vez que o ar não está mais circulando. Essa inversão das massas de ar é chamada de inversão térmica.


Esse fenômeno ocorre principalmente em centros urbanos, onde as correntes prendem o ar poluído próximo ao solo. A inversão térmica se torna um problema quando o ar possui altas concentrações de poluentes. Essa retenção de poluentes na atmosfera pode provocar ou agravar problemas de saúde, principalmente relacionados a doenças das vias respiratórias, como pneumonia, bronquite, asma, etc.

Medidas de diminuição de emissão de poluentes são essenciais para reduzir o problema da poluição do ar agravado pela inversão térmica. Atitudes como trocar o transporte automotivo individual pelo coletivo ou bicicleta, cobrar que fábricas e o setor automotivo gerem menos gases, ou gases menos poluentes, e consumir conscientemente são exemplos de ação que podem contribuir para reduzir os efeitos desse fenômeno.

Fonte: eCycle.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Diamante perde sua posição de material mais duro do mundo

No final do ano de 2015 foi descoberto por um grupo de pesquisadores da North Carolina State University um novo material derivado do carbono, chamado Q-carbono. O material, denominado pelos cientistas como “terceira fase sólida do carbono”, não pode ser encontrado na natureza, exceto talvez no núcleo de alguns planetas, local em que há temperaturas e pressões elevadas.

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Grafite e diamante – as duas outras fases sólidas do carbono.

Por que esta descoberta foi tão importante?

O material chamou a atenção do meio científico assim que se constatou que apresenta resistência e dureza superiores às do diamante, além de ser muito mais acessível do ponto de vista econômico.  Este custo inferior é resultado de um processamento à temperatura ambiente e pressão atmosférica, muito diferente do que ocorre para obtenção do diamante sintético. Para obter o Q-carbono, é necessário cobrir com carbono amorfo um determinado substrato, que pode ser de safira, vidro ou polímeros termoplásticos e então incidir sobre este filme de carbono um pulso de laser de aproximadamente 200 ns de duração, fazendo com que a temperatura do filme alcance cerca de 3727°C. Em seguida, resfria-se o filme amorfo rapidamente, resultando em um filme de Q-carbono de 20 a 500 nm de espessura.

Testes mostraram que além da elevada resistência e dureza, o Q-carbono apresenta ainda caráter ferromagnético, ou seja, é facilmente magnetizável. Assim, o material pode ser atraído por ímãs ou mesmo ser uma possível matéria-prima para produzi-los. Outras características interessantes do Q-carbono são exibir um brilho intenso sob corrente elétrica e uma baixa função trabalho, tornando-o promissor para o desenvolvimento de novas tecnologias na área da eletrônica.

Atualmente, os cientistas conseguiram obter apenas filmes do material, o que ainda limita suas aplicações. No entanto, afirmam estar trabalhando no assunto e pretendem em breve entender melhor como manipular este material. Um outro fato interessante desta descoberta é que ao modificar a intensidade e duração dos pulsos de laser, a equipe consegue obter também estruturas de diamante sintético. Com isso, seria possível obter não somente o Q-carbono, mas também o diamante a partir de condições normais de temperatura e pressão, resultando em muita economia de energia no processamento e, com isso, preços mais acessíveis.

Fontes: engenheirodemateriais.wordpress.com

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Oito alimentos que você não pode dar aos seus gatos

A maioria de nós gosta de agradar nossos pets com comidas que consideramos gostosas e nem imaginamos que podemos prejudicar a saúde do nosso bichinho. Portanto, fique atento às dicas dos veterinários Márcio Antônio Brunetto e Wagner Luís Ferreira sobre oito alimentos que são tóxicos para os gatos, publicados originalmente na Veja.

1. Alho e Cebola: altamente tóxicos para os felinos pois contêm dissulfeto de alipropila e alicina, moléculas que destroem suas hemácias, causando anemia. Evite dar comida temperada com alho e cebola a eles.

2. Osso: eleva a concentração de minerais, principalmente cálcio, na urina. Gatos são animais de deserto e bebem pouca água, por isso costumam ter complicações urinárias e o alto consumo de minerais contribui para a piora do quadro.

3. Gordura animal: como éaltamente calórica favorece a obesidade, outro problema comum entre os bichanos. Pode causar também diarreia e vômitos e em excesso gera uma pancreatite: o pâncreas é o produtor da lipase, enzima que digere gordura e uma dieta rica em gordura força o pâncreas a produzir mais lipase, cansando e inflamando o órgão. (Isso vale para nós também).

4. Uva: é a fruta mais perigosa para eles, pois em grande quantidade, fere seus rins causando doença renal aguda. Ainda não se sabe o porquê.

5. Azeitona: ela em si não faz mal, o problema de novo tem a ver com os rins do felino: azeitona em conserva tem alto teor de sódio, que pode lesionar os rins e agravar a doença dos animais que já têm problemas renais.
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Até os 45 dias de vida pode oferecer leite de vaca, mas a partir daí a lactase, enzima responsável pela digestão do leite, é inativada. Por esse motivo, adultos podem ter diarreia e vômitos. Foto: Reprodução/fofuxo

6.  Leite: até os 45 dias de vida pode. A partir daí a lactase, enzima responsável pela digestão do leite, é inativada. Por esse motivo, adultos podem ter diarreia e vômitos. Leite também é rico em cálcio e pode levar a problemas renais. O iogurte pode ser dado de vez em quando porque os probióticos contidos nele fazem bem para o intestino deles assim como para o nosso. 

7. Pão e massas: carboidrato puro. Carboidratos são a fonte de energia para nós e no nosso organismo viram glicose. Gatos não precisam de carboidratos para obter energia (glicose) porque fazem gliconeogênese, processo que permite transformar proteína em glicose. Logo, alimentos ricos em carboidratos só faz eles engordarem.

8. Café: é um estimulante do sistema nervoso central tanto de humanos quanto de gatos o que pode causar taquicardia em gatos hipertensos.

Gatos são carnívoros, portanto só precisam de proteína em sua dieta. A melhor opção sempre é a ração: tem todos os aminoácidos necessários à saúde dos bichanos.
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A melhor opção sempre é a ração: tem todos os aminoácidos necessários à saúde dos bichanos. Foto: Reprodução/cimarronah


Fonte: Veja