sexta-feira, 23 de maio de 2014

Síndrome de Burnout: uma doença relacionada ao trabalho

Se você está apresentando alguns destes sintomas, tais como: esgotamento físico e mental, falta de atenção e de concentração, lapsos de memória, irritação frequente e desinteresse pelo trabalho. Cuidado, você pode achar-se entre os cerca de 30% dos profissionais brasileiros que sofrem da Síndrome de Burnout.

O que é síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional?

É um fenômeno psicossocial, caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso, que se desenvolve como resposta a pressões prolongadas que uma pessoa sofre a partir de fatores emocionais estressantes e interpessoais relacionados com o trabalho.

Estresse e Burnout são sinônimos?

Não. O Burnout é a resposta a um estado prolongado de estresse, ocorre pela cronificação deste em tentar se adaptar a uma situação claramente desconfortável no trabalho. O estresse pode apresentar aspectos positivos ou negativos, enquanto o Burnout tem sempre um caráter negativo e está relacionado com o mundo do trabalho do indivíduo, com a atividade profissional desgastante exercida.

Em quais atividades a Síndrome de Burnout tem sido descrita?

A Síndrome de Burnout é mais comum em profissões que exigem o contato direto com as pessoas, tais como: professores, assistentes sociais, bancários, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos e dentistas, policiais, bombeiros, agentes penitenciários, recepcionistas, gerentes, atendentes de telemarketing, motoristas de ônibus, dentre outros.

Quais os fatores risco no ambiente de trabalho para o desenvolvimento da síndrome?

O excesso de trabalho e a falta de recursos estruturais e pessoais para responder as demandas laborais; as relações tensas e/ou conflituosas com os usuários/clientes da organização; O impedimento por parte da direção ou superior hierárquico que o empregado exerça a sua atividade laboral; A impossibilidade de progredir ou ascender no trabalho; As relações conflitivas com companheiros e colegas; além do o alto nível de exigência para se aumentar a produtividade e atingir metas, muitas vezes, impossíveis de serem alcançadas.

A Síndrome de Burnout é vista como doença relacionada ao trabalho?

Sim. A síndrome de Burnout está inserida no capítulo XXI da categoria que se refere aos problemas relacionados com a organização de seu modo de vida (Z73), descrita na Classificação Internacional de Doenças (CID10), versão 2010, pelo código Z73.0 Burn-out (estado de exaustão vital).
O Ministério da Saúde a partir da portaria nº 1339 de 18 de novembro de 1999, instituiu a lista de Doenças relacionadas ao Trabalho, e incluiu a Sensação de Estar Acabado (“Síndrome de Burn-Out”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”) (Z73.0), nos transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho, tendo como agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional o Ritmo de trabalho penoso (CID10 Z56.3) e Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (CID10 Z56.6).
O Decreto nº 6.042, de 12 de fevereiro de 2007, que alterou o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 06 de maio de 1999, em seu anexo II que trata sobre agentes patogênicos causadores de doenças profissionais ou do trabalho, conforme previsto no art. 20 da lei no 8.213, de 1991, inseriu na lista B, a síndrome de Burnout, no título sobre transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho (Grupo V da CID-10).

A Síndrome de Burnout pode ser enquadrada em acidente de trabalho?

Sim. Quando se fala em acidente do trabalho, está-se diante do gênero que abrange acidente típico, doença ocupacional, acidente por concausa e acidentes por equiparação legal. Todas essas espécies de acidente, uma vez tipificadas, produzem os mesmos efeitos para fins de liberação de benefícios previdenciários, aquisição de estabilidade e até mesmo de crime contra a saúde do trabalhador.
De acordo com Cláudio Brandão, o elemento caracterizador do conceito de acidente está ligado à sua natureza súbita e imprevista, causando perda para a vítima, enquanto as doenças, por sua vez, distinguem-se pela causa (critério etiológico) e pelo tempo (critério cronológico). Em regra, a doença é identificada após um período de evolução progressivamente lenta, mais ou menos longo, no qual o organismo é atacado internamente.

Na Síndrome de Burnout a execução da atividade laboral pode contribuir para o agravamento da doença?

Sim. É o que se denomina concausa, ou seja, é quando o trabalho desenvolvido pelo empregado contribui diretamente para o aparecimento ou agravamento da doença. Nesta hipótese, o acidente continua ligado ao trabalho, mas ocorre por múltiplos fatores, conjugando causas relacionadas ao trabalho, com outras, extra-laborais.

O empregado tem direito a indenização moral e material pelo aparecimento ou agravamento da Síndrome de Burnout?

Sim. A enfermidade atribuída às causas multifatoriais não perde o enquadramento como doença ocupacional equiparada ao acidente do trabalho, se houver pelo menos uma causa laboral que contribua diretamente para a seu surgimento ou agravamento, conforme prevê o art. 21I, da Lei n 8.213/91.
A comprovação de que a doença do empregado, apesar de não ter origem precisa, se agravou com as atividades exercidas na empresa leva à adoção da tese da concausa, segundo a qual se equipara ao acidente do trabalho ― o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a redução ou a perda de sua capacidade para o trabalho ou produzido lesão que exija atenção médica para sua recuperação.

O obreiro acometido pela Síndrome de Burnout tem direito aos benefícios previdenciários?

Sim. Caracterizado o acidente do trabalho por parte do médico perito do INSS para fins de liberação de benefícios previdenciários, as doenças adquiridas ou agravadas pelas condições adversas do trabalho geram para o trabalhador, os mesmos direitos previstos para os acidentes de trabalho que inclui as prestações devidas ao acidentado ou dependente, como o auxílio-doença acidentário, o auxílio-acidente, a aposentadoria por invalidez e a pensão por morte.

O empregado com síndrome de Burnout, após o término do auxílio-doença acidentário, tem direito à estabilidade provisória no emprego?

Sim. O segurado que sofreu acidente do trabalho faz jus à manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, pelo prazo mínimo de doze meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

Autoria:

Carla Pontes - http://www.carlapontes.adv.br/2013/08/sindrome-de-burnouteos-direitos-do-trabalhador.html


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Brasileiros criam aplicativo para evitar morte de bichos em estrada

Um aplicativo para smartphones pode se transformar no principal aliado do Brasil para reduzir as mortes de animais silvestres atropelados nas estradas, estimada em 450 milhões ao ano.

O programa permite a qualquer pessoa que tenha um celular enviar a foto de um animal atropelado que, automaticamente, se somará a dados como o lugar (GPS), a data e a hora em que a imagem foi feita.

Trata-se do “Urubu Mobile” (disponível para Android e Google Play), que em apenas um mês foi baixado por mil pessoas.

Os responsáveis esperam que se popularize não só entre biólogos, guardas florestais, fiscais ambientais e policiais rodoviários, mas também entre motoristas de caminhões e ônibus.

A intenção é criar um banco de dados unificado sobre os atropelamentos de animais selvagens no país e, com isso, reunir informações que possam servir como base para políticas ou medidas que tentarão reduzir este tipo de acidente.

“Queremos identificar com precisão quantos e quais espécies são atropeladas por quilômetro e por dia no país”, explicou Alex Bager, professor de Ecologia na Universidade Federal de Lavras (UFLA), um dos principais especialistas em “Ecologia de Estradas”.

Segundo Bager, que coordena um grupo de cientistas de cinco universidades que estuda o tema, além de oferecer informações confiáveis sobre o atropelamento de animais, o aplicativo permitirá criar um “selo de qualidade” para certificar as estradas mais seguras para a fauna e determinar em quais vias é necessário adotar medidas preventivas.

“Queremos ajudar na conservação da fauna selvagem e só conseguiremos propor ações efetivas para reduzir os atropelamentos se tivermos informações concretas”, acrescentou ele, para quem o programa permitirá desenhar mapas das regiões e espécies mais atingidas.

Infraestrutura para animais – De acordo com o coordenador, após a identificação dos trechos mais perigosos para os animais, é possível sugerir a instalação de túneis, redes de proteção, passarelas ou até cordas que possam ser usadas pelos animais que vivem nas árvores.

O projeto vai permitir ainda criar uma metodologia única e confiável para contabilizar e validar as mortes de animais nas estradas. Os pesquisadores calculam, a partir de estudos com mostras limitadas, que 450 milhões de animais morrem atropelados por ano.

Em sua primeira pesquisa sobre o tema, em 2002, Bager calculou em 100 mil as mortes anuais de animais em um trecho de estrada de 150 quilômetros, com uma taxa de 2,1 animais por quilômetro por dia.

Levando em consideração que a malha viária do Brasil chega a 1,7 milhões de quilômetros, os especialistas concluíram que, a cada ano, morrem atropelados 450 milhões de animais. Destes, 400 milhões são pequenos vertebrados e três milhões grandes vertebrados.

As principais vítimas são antas, capivaras, tartarugas, gambás, gatos selvagens, cachorro-do-mato e tamanduás. O “Urubu Mobile” também permitirá, com a ajuda de 300 pesquisadores vinculados ao CBEE, identificar as espécies mais afetadas.

“Cada foto será analisada por cinco especialistas e a identificação da espécie será incluída no banco de dados quando, pelo menos, três deles concordarem”, afirmou.

O aplicativo também pretende apoiar os administradores de reservas ambientais cortadas por estradas para que adotem medidas de proteção mais eficazes.

Uma das maiores preocupações dos responsáveis pela tecnologia, atualmente, é um projeto de lei discutido no Congresso que flexibiliza as normas sobre construção de estradas em reservas ambientais. (Fonte: G1)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Aves de rapina - a membrana nictitante em ação.


As aves de rapina, por serem predadoras, necessitam de diversas adaptações para a caça ativa, como visão e audição apuradas, garras e bicos fortes e afiados, etc. Cada espécie é moldada de acordo com o tipo de presa que captura e ambiente em que vive.


A visão dessas aves é incrível, muitas detectam suas presas a grandes distancias. A águia-real (Aquila chrysaetos), por exemplo, consegue ver uma lebre a mais de 3 km de distância. Os olhos são voltados para frente, é resultado de uma adaptação a localização de sua presa, dando noção de distância e profundidade. Os olhos também são proporcionalmente grandes em relação à cabeça, apresentando milhares de células da retina (cones e bastonetes). Nas corujas os olhos são tão grandes que ficam imóveis dentro de seu crânio, campo visual limitado na qual é compensado com a excelente capacidade de girar a cabeça a 270º graus devido ao número maior de vértebras cervicais em relação a outros vertebrados (duas vezes mais que na espécie humana).

Assim como em outras aves, elas possuem nos olhos uma membrana fina chamada de membrana nictitante, cuja finalidade é limpar e proteger os olhos de poeiras em voo, ciscos, etc. As corujas, como são em grande maioria noturnas, possuem adaptações morfológicas adicionais para caçar em ambientes com ausência de luz. Os olhos dessas aves noturnas possuem uma camada de células atrás da retina chamada tapetum, que reflete a luz sobre as células bastonetes, imprimindo uma segunda vez a mesma imagem e possibilitando melhor captação de luz. Como resultado, as corujas possuem uma visão noturna excelente, enxergando de 10 a 100 vezes mais que os humanos.

Fonte: http://www.avesderapinabrasil.com/

Como o futebol pode salvar o tatu-bola, mascote da Copa do Mundo, da extinção?

Pesquisadores lançam desafio à Fifa e ao governo brasileiro para tentar salvar o tatu-bola da extinção: transformar mil hectares de Caatinga em área protegida para cada gol marcado na Copa do Mundo no Brasil.



O tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) vive na Caatinga e no Cerrado. Quando se sente em perigo muda rapidamente de forma e adquire um formato redondo. Assim, todas as partes que não contam com a defesa da armadura ficam seguras dentro da esfera de proteção. Nada mais propício para a mascote da Copa do Mundo de 2014 do que um animal que se transforma em bola e só existe no Brasil. O animal se encontra na categoria vulnerável segundo a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês). Seria possível salvar a espécie com o futebol?

Em artigo publicado em 22 de abril na revista científica Biotrópica, um grupo de cientistas do Nordeste propôs um desafio à Fifa e ao governo brasileiro: transformar mil hectares de Caatinga em área protegida para cada gol marcado na Copa do Mundo no Brasil (Durante o torneio de 2010, na África do Sul, a bola balançou as redes 145 vezes).

Os pesquisadores esperam que o desafio seja aceito pela Fifa e pelo governo brasileiro. “Proteger o que resta da Caatinga é extremamente urgente. O futebol é o esporte mais popular do mundo e esperamos que toda a atenção da mídia nacional e internacional pela Copa nos ajude a espalhar esta mensagem de conservação. Queremos que a escolha do tatu-bola não seja apenas simbólica, mas que efetivamente contribua para a conservação desta espécie tão carismática e de seu ambiente”, afirma José Alves Siqueira, um dos autores do artigo.

Retirar o tatu-bola da lista de animais ameaçados de extinção seria o gol mais bonito que o Brasil poderia marcar na Copa do Mundo de 2014.

Fonte: National Geographic Brasil

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Procuram-se estudantes

Adoraria ter sido o autor desse texto. Incisivo e educado, mandando bem no recado. . .

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Procuram-se estudantes

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja.

Aluno é aqueleque atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes.

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.

Especialistas de índolecrítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets epedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está.

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pelé e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html

Cardume de peixes abissais é pescado no Japão e pode indicar mais uma catástrofe natural

Essa peguei emprestada do blog Diário de Biologia. Achei interessante evidenciar como o comportamento dos organismos podem nos servir de alerta.

Pescadores japoneses encontraram em suas redes superficiais cerca de 100 peixes abissais do gênero Photonectes, pertencente à família Stomiidae. Estes peixes, normalmente são encontrados em profundidades acima de 1000 metros onde não existe luz penetrante e a pressão pode variar de 200 a 600 atm com temperaturas em torno de -4 graus celsius.

Estes peixes são totalmente adaptados à vida nas profundezas e nunca são encontrados a 70 metros, onde os pescadores japoneses tinham suas redes. De todos os Photonectes pescados apenas um estava vivo, o que é compreensível devido às diferenças de pressão e temperatura com o qual estão adaptados. Os pescadores garantem que em 40 anos de pescarias diárias estes peixes nunca foram encontrados naquela região, o que tem preocupado os oceanógrafos especialistas em ambientes abissais.

Segundo os pesquisadores, é possível que o surgimento destes peixes na superfície indique que alguma catástrofe possa estar acontecendo nas profundezas, como uma erupção vulcânica ou um terremoto. O que os especialistas temem é que estes fenômenos já estejam acontecendo em pequenas proporções nas profundezas indicando que algo maior possa acontecer em breve. Um Tsunami é o que mais preocupa!

No mesmo dia, pescadores conseguiram tirar do mar 46 toneladas de uma espécies rara de baiacu (“mafugu“) que normalmente não ultrapassa os 200 quilos. Os pesquisadores estão monitorando a área na esperança de desvendar o mistério.

Atualização em 5/05/2014: De acordo com o site do G1 um forte terremoto atingiu o Japão nesta manhã (5/05/2014). O epicentro do tremor de seis graus de magnitude foi ao sul de Tóquio. As câmeras de vigilância da capital japonesa registraram o momento em que a terra tremeu. Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas.

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Fonte: Diário de Biologia

terça-feira, 6 de maio de 2014

Mapa interativo mostra os cabos submarinos que formam a internet



A internet é algo incrível que facilita a vida de milhões de pessoas todos os dias, levando conteúdo de todas as partes do mundo para localidades remotas do outro lado do planeta. Para funcionar, esta rede utiliza os cabos submarinos, misteriorosos para a maioria dos usuários. Por isso, a Huawei Marine divulgou um mapa interativo (clique aqui para conferir), mostrando que são feitas entre as diversas nações.

Estes cabos são um elemento fundamental para que a internet funcione do jeito que ela existe hoje, permitindo um tráfego global de informações e dados. O mapa mostra a disposição destes cabos e as cidades que se conectam a eles.

O BGR também sugere àqueles que têm suas dúvidas sobre como é feita a instalação de um cabo tão gigantesco. Para isso, basta assistir ao vídeo abaixo:

www.youtube.com/watch?v=XQVzU_YQ3IQ

Fonte: Olhar Digital

segunda-feira, 5 de maio de 2014

As 10 partes do corpo que você não precisaria mais ter

Da cabeça às pontas do pé, as estruturas inúteis do corpo humano moderno.

As 10 partes do corpo que você não precisaria mais ter
Quem já tirou os dentes do siso ou precisou se submeter a uma cirurgia para extração do apêndice sabe que o corpo humano tem partes inúteis que não têm mais função de existir. E muitas delas, inclusive, tendem a desaparecer da estrutura corporal conforme a evolução. Os dentes do siso, ou terceiros molares, serviam para a trituração de alimentos mais rústicos, como ossos e carne crua. O apêndice, por sua vez, tinha a função de digerir a celulose de plantas, conforme os hábitos alimentares dos nossos antepassados herbívoros.

Há, entre músculos, órgãos e tendões, uma variedade de partes em desuso no corpo humano. Do mindinho à cavidade nasal, conheça algumas das estruturas que perderam a sua função ao longo da evolução e hoje não são mais do que vestígios da anatomia humana.

1 – Cóccix

Localizado no fim da coluna vertebral, o cóccix é hoje um conjunto de vértebras que serve apenas para ligar os músculos da região. Antigamente o osso dava equilíbrio aos nossos ancestrais tal qual o rabo em outros mamíferos de quatro patas. Para nós, causa apenas dor ao cair sentado no chão.

2 – Costelas do pescoço

Um possível vestígio da idade dos répteis, as costelas cervicais ainda aparecem em quase 1% da população, provocando problemas nervosos e arteriais.

3 – Músculos auriculares externos

Três músculos que possivelmente permitiam aos ancestrais moverem as orelhas independente da cabeça, como fazem os cachorros ou os coelhos. Algumas pessoas ainda conseguem utilizar esse conjunto muscular.

4 – Terceira pálpebra

Também conhecida como membrana nictitante (que pisca com frequência), é uma dobra conjuntiva que tem a função de proteger o globo ocular contra sujeiras, fazendo a varredura do olho no sentido horizontal até a córnea. A membrana é encontrada em répteis e aves até hoje, mas no ser humano resta apenas uma protuberância cor-de-rosa no canto do olho.

5 – Pelos no corpo

Em tempos de blusas e agasalhos, os pelos já não têm mais a função de aquecer e manter a temperatura corporal. De todos os pelos que temos, os únicos que ainda servem para alguma coisa são as sobrancelhas, que impedem que o suor escorra diretamente nos olhos.

6 – Décima terceira costela

8% da população humana ainda exibem a décima terceira costela, elemento presente em chimpanzés e gorilas.

7 – Mamilos masculinos

Antes da diferenciação sexual, o feto forma as glândulas lactíferas que servem nas mulheres para a amamentação. Nos homens, apesar das glândulas poderem ser estimuladas para produzir leite, o efeito dos mamilos é apenas estético e sensorial.

8 – Órgão Vomeronasal (ou de Jacobson)

Um pequeno orifício junto ao septo nasal que se conecta a quimiorreceptores não funcionais pode ser o que restou de uma habilidade de detectar feromônios.

9 – Ponto de Darwin (ou tubérculo)

Uma dobra de pele que ainda aparece na parte superior da orelha indica uma estrutura que deveria ajudar o homem a escutar sons a longas distâncias.

10 – Útero masculino

Uma sobra de um órgão reprodutor feminino não desenvolvido encontra-se na glândula prostática masculina, remanescente da fase sem diferenciação de gênero do embrião.

Fonte: Megacurioso

Sangue jovem pode reverter envelhecimento


Segundo a lenda, os vampiros se alimentam do sangue de pessoas mais novas para garantir a imortalidade. A ideia não está de todo errada, segundo uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA. A infusão de sangue jovem pode reverter sinais do envelhecimento, de acordo com um estudo realizado com camundongos em idade avançada, segundo matéria do jornal britânico Guardian.
O experimento melhorou o funcionamento cardíaco, muscular e cerebral dos camundongos. As proteínas encontradas no sangue jovem são as responsáveis pelo "rejuvenescimento" dos animais testados. Apesar das diferenças entre camundongos e humanos, a descoberta feita pela universidade norte-americana pode levar a novos tratamentos para doenças cardíacas e cerebrais em seres humanos, de acordo com Saul Villeda, coordenador do estudo.
Foram realizadas infusões de sangue de camundongo com 3 meses de vida em camundongos com 18 meses de vida (equivalentes a 70 anos humanos). Com o tratamento, os camundongos mais velhos melhoraram o desempenho em tarefas de aprendizado e memorização. Também foram verificadas melhorias estruturais e funcionais nos cérebros dos camundongos velhinhos.
Como isso pode ajudar os humanos? O envelhecimento é um dos principais fatores de risco para doenças do cérebro e do coração. Com o envelhecimento da população por conta da maior expectativa de vida, há mais pessoas sofrendo com essas doenças e esse é um dos maiores desafios da saúde pública no século XXI. O que você acha da descoberta dos cientistas norte-americanos?

Fonte: Yahoo! Notícias

domingo, 4 de maio de 2014

Sistema usa algas para produzir mesma quantidade de oxigênio que floresta

Os criadores garantem que este é o primeiro sistema deste tipo no mundo.
O Urban Algae Canopy é um projeto que mescla arquitetura, biologia e tecnologia. Através de microalgas e sistemas de cultivo digital em tempo real, a novidade é capaz de produzir a mesma quantidade de oxigênio que uma floresta.

A ideia é fruto do trabalho do ecoLogicStudio, que possui outros projetos semelhantes, e deve ser apresentada em seu formato final na Explo Milano 2015. Conforme publicado no site Inhabitat, a estrutura é formada por microalgas e nela é possível controlar o fluxo de energia, água e CO2, com base nos padrões climáticos, movimento no entorno e outras variáveis ambientais.


Os criadores garantem que este é o primeiro sistema deste tipo no mundo e, ao ser concluído, será capaz de produzir a mesma quantidade de oxigênio liberada por quatro hectares de floresta, além de 148 quilos de biomassa ao dia.


Todo o processo de pesquisa e criação levou seis anos até que fossem possível chegar ao modelo ideal. A tecnologia conta com um sistema de revestimento personalizado, com três camadas que melhoram as propriedades das microalgas. Além disso, um sistema específico de soldagem foi aplicado para que seja possível controlar o comportamento da água que flui através da estrutura e alimenta os organismos vivos.


Quando o sol brilha mais intensamente, as algas presentes no Urban Algae Canopy realizam a fotossíntese e crescem. Dessa forma, a transparência do dossel é reduzida e o ambiente interno tem mais sombra. Com a tecnologia aplicada ao sistema, os visitantes podem controlar este comportamento natural em tempo real. Cores, transparência, sombras e o potencial serão diretamente influenciados pelo exterior. “Neste protótipo as fronteiras entre o material, espacial e tecnologia foram cuidadosamente articuladas para alcançar eficiência, resistência e beleza”, informa Claudia Pasquero, porta-voz da ecoLogicStudio. (Fonte: Redação CicloVivo)

Jaca pode ser fruta da salvação na crise climática

Pesquisadores apontam a jaca como um substituto para o trigo, milho e outros alimentos ameaçados pelo clima extremo

Jacas

Apesar de comum no Brasil, a jaca não é um fruto que se vê com frequência nos carrinhos de compra dos brasileiros. Mas, em um mundo em aquecimento, isso pode mudar. Pesquisadores indianos apontam a fruta como um “milagre” das culturas alimentares.

A fruta poderia ser um substituto para alimentos básicos que estão na mira das mudanças climáticas, como o trigo e o milho.

“É um milagre que pode fornecer tanto nutrientes como calorias, tudo”, disse Shyamala Reddy, pesquisadora de biotecnologia da Universidade de Agricultura e Ciências, em Bangalore, na Índia, ao jornal britânico The Guardian.

“Se você comer apenas 10 ou 12 gomos desta fruta, você não precisa de alimento para outra metade do dia”, completou.

O Banco Mundial e as Nações Unidas advertiram, recentemente, que o aumento da temperatura e das chuvas carregadas podem levar a uma queda de 2% na produtividade agrícola até o final do século, ao passo que a demanda deverá aumentar 14% até 2050.

A conta salgada pode mergulhar bilhões de pessoas na fome – um mal que atinge um em cada sete habitantes do planeta.

É aí que a jaca se destaca. Ela é resistente a pragas e mudanças no clima, é fácil de plantar e ainda oferece quantidade elevada de nutrientes, rica em cálcio, potássio e ferro.

Mas, apesar do seu enorme potencial, ainda é uma cultura subexplorada, especialmente na Índia, onde ela se originou.

Isso está começando a mudar, a medida que os pesquisadores voltam suas atenções à ela.

No próximo mês de maio, a Universidade indiana vai sediar uma conferência internacional sobre jaca, para discutir seus potenciais de uso no presente e no futuro. (Fonte: Exame.com)