sexta-feira, 25 de abril de 2014

Nem todas as espécies envelhecem da mesma maneira, humano pode ser exceção



Humanos adultos ficam mais fracos à medida que envelhecem e morrem, mas esse não é o padrão típico entre as espécies. Alguns organismos não parecem mostrar sinais de envelhecimento. Estas são algumas das conclusões do primeiro estudo do tipo, publicado na Nature, em dezembro último. O estudo compara os padrões de envelhecimento de seres humanos e outras 45 espécies.

“Todos nós temos idéias preconcebidas sobre o envelhecimento e como ele deve ser”, disse Pedro F. Quintana-Ascencio , biólogo da Universidade de Flórida Central e um dos colaboradores do estudo. “Mas este estudo mostra que realmente precisamos de um olhar mais profundo sobre o envelhecimento com mais profundidade. Nem tudo é o que parece entre as espécies. Seres humanos, especialmente os humanos modernos, parecem ser discrepantes.”

A equipe contrastou como vertebrados, invertebrados, plantas e uma alga verde envelhecem. Humanos modernos, sapos, leões, piolhos e a Hypericum cumulicola, uma planta nativa da Flórida, estavam entre as espécies comparadas.

O estudo concluiu que a mortalidade de algumas espécies, como homens e pássaros, aumenta com a idade. Para algumas, como a planta da Flórida, o crescimento é menor. E para outras, como a tartaruga de deserto e certas árvores, a mortalidade diminui com a idade.

Os pesquisadores apontam que não há forte correlação entre os padrões de envelhecimento e expectativa de vida típicos das espécies. As espécies podem ter aumento da mortalidade e ainda viver um longo tempo, ou ter uma diminuição da mortalidade e viver um curto espaço de tempo, dizem os pesquisadores da Max-Planck Odense Center.

“Não faz sentido considerar o envelhecimento tendo como base a idade em que a espécie pode chegar”, disse o biólogo evolutivo Owen Jones, do Max- Planck. “Em vez disso , é mais interessante para definir o envelhecimento como sendo baseado nas trajetórias de mortalidade : se as taxas aumentam, diminuem ou permanecem constantes com a idade.” (Fonte: UOL)

Centopeia morre ao comer cobra de “dentro para fora”

A cena foi vista da "Ilha das Serpentes", na Macedônia




Uma herpetóloga (especialista em répteis e anfíbios) sérvia se deparou com uma situação curiosa na Ilha de Golem Grad, na Macedônia. Ela levou 10 segundos para entender que estava diante de uma centopeia, que havia sido engolida por uma jovem víbora e lutava pela vida. As informações são da NBC News.

Na foto, é possível ver a cabeça da centopeia saindo do abdômen do réptil. Na tentativa de evitar a morte, o animal optou por “comer a cobra de “dentro para fora” para abrir caminho para o exterior do organismo da serpente.

Após digerir os ossos da cobra, a centopeia usou sua própria pele como manto. “Descobrimos que apenas as paredes do corpo da cobra permaneceram; todo o volume de seu corpo foi ocupado pela centopeia”, contou o professor de biologia da universidade de Belgrado, que junto dos colegas, escreveu um breve relato sobre o caso.

Algumas espécies de centopeia podem ser muito ferozes e lutar de “igual para igual” com animais do seu tamanho. A centopeia gigante da Amazônia, por exemplo, caça e come morcegos.

A Ilha de Golem Grad é conhecida como a “Ilha das Serpentes”, já que é habitat de muitas víboras, lagartos e tartarugas. É comum víboras adultas serem vistas comendo pequenos roedores, enquanto as mais jovens se alimentam de centopeias.

Apesar de todo o esforço, a presa morreu. (Fonte: Terra)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O zique-zira do Sol



Imagem de erupção solar registrada pelo Observatório de Dinâmica Solar da Nasa


Nossa estrela está prestes a inverter sua polaridade. Por lá, o norte magnético vai virar sul, e o sul vai virar norte. Os efeitos dessa inversão serão sentidos em todo o Sistema Solar. Tempestades aparecerão em Júpiter!

E na Terra? Nada que preocupe, realmente. Apenas um aumento na incidência de auroras boreais e austrais, conforme a quantidade extra de radiação proveniente do Sol interagir com o campo magnético terrestre. Coisa similar deve acontecer em Saturno, onde a sonda Cassini estará pronta para registrar as auroras.

O fenômeno pode soar raro e especial, mas é mais comum que andar para a frente. O Sol inverte sua polaridade a cada 11 anos, num ciclo já bastante conhecido em que ele oscila entre períodos mais ativos (como agora) e mais calmos (como 5,5 anos atrás).

Um pessoal que tem acompanhado isso há bastante tempo é a turma do Observatório Solar Wilcox, da Universidade Stanford, nos EUA. Eles vêm monitorando diariamente o Sol desde 1975. Esta já é, portanto, a quarta vez que eles acompanham uma inversão de polaridade solar.

Você já deve ter lido que o Sol anda um pouco mais rebelde, com umas erupções solares e tal. Tudo parte desse ciclo. Na época do máximo solar, também aumenta a incidência de manchas — regiões marcadas por poderosos campos magnéticos –, e são elas que dão o pontapé inicial para a inversão. Os campos gerados pelas manchas surgem perto do equador e migram gradualmente para o polo, onde primeiro anulam o campo magnético polar para depois fazê-lo inverter a polaridade.

“É como a maré subindo ou descendo”, diz Todd Hoeksema, diretor do Wilcox. “Cada pequena onda traz um pouco mais de água, e no fim das contas você tem a reversão total.”

VARIAÇÕES

O Sol anda muito calminho, com relação a transições anteriores. Mesmo com o aumento de manchas e erupções, ainda assim a quantidade tem sido inferior a de outros momentos de máximo solar. Nossa estrela parece estar numa época de notável calmaria, e ninguém sabe direito por quê.

Isso é uma boa notícia na medida em que reduz o risco de danos a satélites em órbita, redes elétricas e aparelhos eletrônicos. Em momentos de grande atividade solar, eles em tese podem ser afetados.

Outra característica curiosa da atual transição é que ela está ocorrendo em ritmos diferentes para os hemisférios solares norte e sul. No norte, a inversão já aconteceu; no sul, ainda está para virar brevemente. Quando exatamente? Ninguém consegue prever. Só vendo mesmo.




Fonte: Folha Online - 12/11/13

Cientistas criam primeiro mapa digital da Grande Barreira de Corais





Um grupo de cientistas desenvolveu pela primeira vez um mapa digital de toda a área que cobre a Grande Barreira de Corais, localizada no nordeste da Austrália, Patrimônio da Humanidade desde 1981, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

Os cientistas australianos e alemães criaram um mapa em 3D que inclui dados sobre a profundidade da área de mais de 350 mil km², onde até agora quase a metade das águas superficiais não tinham sido capturadas em documentos digitais.

O especialista da Universidade James Cook, Robin Beaman, disse à emissora "ABC" que o mapa permite ver a forma de cada recife, a localização de cada lagoa e cada detalhe do ecossistema, o que contribuirá para entender as ameaças e saber como protegê-lo.

No caso da estrela do mar "Acanthaster planci", conhecida como coroa de espinhos e voraz depredadora de corais, o mapa ajudará a entender "como as larvas atuam e como se movimentam dentro e ao redor dos corais, o que pode ajudar a prever para onde viajam e o próximo foco", explicou.

O Instituto Australiano de Ciências Marinhas alertou no ano passado que a Grande Barreira de Corais perdeu mais da metade de seu corais nos últimos 27 anos, principalmente pelas tempestades e pela coroa de espinhos.

A Grande Barreira, que abriga 400 tipos de corais, 1.500 espécies de peixes e 4 mil variedades de moluscos, começou a se deteriorar na década de 1990 pelo duplo impacto do aquecimento da água do mar e o aumento da sua acidez devido à maior presença de dióxido de carbono na atmosfera. 


Fonte: UOL Notícias

Perdeu o tesão? Conheça possíveis causas para poder combatê-las


Não existe uma fórmula pronta para reverter a perda do desejo sexual, que pode ter múltiplas causas. Mas descobrir a origem do problema ajuda o casal a acertar seus ponteiros. Tanto homens quanto mulheres podem sofrer com a diminuição da libido por razões físicas ou psicológicas. Veja, a seguir, as mais comuns para eles e para elas.
No caso deles 
Do ponto de vista clínico, há três possibilidades para a perda do desejo, explica o médico Geraldo Eduardo Faria, presidente do Departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia: por uma causa emocional, quando a pessoa está deprimida, ansiosa, estressada, ou por conta de um período difícil, como o luto; também inclui os cansados da rotina ou vivendo uma situação emocionalmente instável.


Outro inimigo comum do desejo é o desequilíbrio hormonal, principalmente na chamada andropausa (esperada a partir dos 50 anos), quando há uma queda na produção de testosterona, estimulante da sexualidade. O terceiro motivo é de origem metabólica e/ou medicamentosa, quando a pessoa toma medicações para tratar depressão, pressão arterial, problemas prostáticos ou outros que podem interferir na libido, além de alterações no metabolismo, que podem ser causadas por diabetes ou sedentarismo, por exemplo.

"A maioria dos pacientes chega ao meu consultório pensando que sofre de um problema hormonal. Mas, na verdade, a causa mais comum é a psicológica", diz o urologista.

Os especialistas foram unânimes ao apontar, dentre as causas psicológicas, a rotina e o estresse como os principais inimigos do tesão. A psicóloga Carla Zeglios, diretora do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), chama atenção para a distinção entre a disfunção erétil, que pode ser corrigida com medicamentos, e a disfunção do desejo. "Com frequência, a dificuldade de resolver problemas no dia a dia vai parar na cama", diz.

Com mais de 35 anos de experiência na prática de atendimento em psiquiatria e psicoterapia de casais e famílias, Luiz Cuschnir avalia que os homens precisam se sentir desejados. "Esse quadro aparece com frequência nas relações afetivas que seguem muito tempo sem estímulos apropriados para mantê-los interessados na mulher que têm", diz.
O lado delas

As causas do fim do desejo sexual feminino também estão divididas em físicas ou psicológicas. "Entre as físicas, podemos citar prolapsos genitais, infecções vaginais, causas hormonais como menopausa e amamentação, uso de medicações ou drogas e outras doenças sistêmicas", enumera a ginecologista Andreia Mariane Deus, do Hospital Evangélico de Sorocaba. 




O pós-parto costuma ser um período delicado. A mulher entra em uma nova relação, com um ser totalmente dependente. Os horários sofrem mudanças bruscas e o casal também deve se adaptar a uma nova dinâmica. Além disso, alterações hormonais reforçam o problema.

"A mãe está sob efeito da ação da prolactina e progesterona, que podem diminuir o desejo sexual", explica Silvia Carramão, ginecologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que recomenda o diálogo e o apoio de parentes para ajudar nos cuidados com a criança.

"É importante que se crie momentos de intimidade entre os dois, às vezes contando com a ajuda de familiares para cuidar do bebê, para que o casal possa ter um tempo para aproximação".

Nas causas de fundo emocional, elas se aproximam dos homens. Estresse, ansiedade, problemas com o relacionamento e baixa autoestima foram apontados como os principais culpados pela perda do desejo sexual feminino.

Para Cuschnir, mulheres mais reprimidas, com dificuldades de vivenciar plenamente a sexualidade, tendem mais a ter problemas de libido. "A falta do desejo pode estar associada com a dispareunia, ou seja, a dor no ato sexual, e outros quadros que afetam a possibilidade de sentir satisfação em virtude de incômodos nessa hora", descreve.

O problema pode se tornar maior, segundo o psiquiatra, quando as mulheres vão, gradativamente, evitando relacionamentos íntimos e assumindo uma rotina assexuada.

Fonte: UOL

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Mostra resgata crença de 'curar' reumatismo dentro de baleia


Exposição na Austrália conta prática do final do século 19, quando reumáticos passavam horas dentro do animal e diziam sair livres de sofrimento.

A foto mostra um homem que sofria de reumatismo dentro da carcaça de uma baleia em Eden, sul da Austrália (Foto: National Library of Australia/BBC)

Uma exposição no Museu Nacional Marítimo da Austrália ilustra uma curiosa crença do final do século 19: de que entrar na carcaça em decomposição de uma baleia trazia alívio para aqueles que sofriam de reumatismo.

Segundo reportagem do diário "Sydney Morning Herald", acreditava-se que ficar dentro de uma baleia por cerca de 30 horas aliviava dores e sofrimentos por até 12 meses. Acredita-se que a prática nasceu na cidade de Eden, no sul da Austrália.

'Nova cura'
Um paciente reumático era colocado dentro da carcaça de uma baleia recém-abatida, "deixando apenas sua cabeça para fora", relata o jornal "Sydney Morning Herald".

Uma possível origem da prática, que data do final do século 19, é de que um homem bêbado teria entrado na carcaça de uma baleia e surgido horas depois aparentemente livre de seu reumatismo.

O incidente foi reportado pelo "Pall Mall Gazette", em matéria intitulada "uma nova cura para o reumatismo", em 7 de Março 1896.

A matéria falava que "um cavalheiro de hábitos festivos, mas gravemente afetado por reumatismo" estava andando na praia com amigos quando avistou a baleia, que já estava aberta e que "pareceu um atraente pedaço de carne".

Seus amigos, horrorizados com o calor e o cheiro, o deixaram lá dentro por várias horas, até que ele surgiu sóbrio e livre de seu reumatismo. O jornal diz que o incidente, que ocorreu alguns anos antes, deu à luz a prática bizarra.

"Os baleeiros cavavam uma espécie de túmulo estreito no corpo do animal onde o paciente ficava por duas horas, e, como em um banho turco, a gordura de baleia em decomposição cobria seu corpo, agindo como um enorme cataplasma", afirma.

A curadora da exposição, Michelle Linder, disse ao "Sydney Morning Herald" que é improvável que a prática tenha sido "algo muito popular".

"Eu não sei se não havia evidência científica (para apoiar a prática), mas houve boatos na época de que eles se sentiam melhor depois de passar um tempo dentro da baleia", acrescenta. Reumatismo é uma doença que provoca dor e inchaço nas articulações, que costuma afetar as mãos, pés e pulsos.

Fonte: G1

terça-feira, 15 de abril de 2014

Pesquisadores alertam para possível descoberta de novo vírus letal na China




Uma equipe de cientistas chineses pode ter descoberto um novo vírus capaz de infectar e levar humanos à morte. Três trabalhadores de uma mina de cobre no sudoeste chinês, mortos em 2012 por pneumonia, podem ter sido vítimas do vírus.

A hipótese foi levantada em um estudo quer será publicado pelo periódico Emerging Infectious Diseases e foi destaque do site da revista Science. Para chegar a ela, os pesquisadores analisaram amostras fecais de morcegos e ratos da mina.

O vírus descoberto foi batizado de Mojiang paramyxovirus (MojV), em referência à região em que foi encontrado. Sua genética se parece com a de outros dois vírus, também mortais, já conhecidos.

Um deles é o Hendra vírus, responsável pela morte de cavalos, que foi identificado na Austrália há cerca de 20 anos. Desde então, quatro pessoas que tiveram contato com cavalos infectados morreram. O outro é o Nipah vírus, responsável pela morte de diversos indivíduos na Ásia. No caso dessas duas espécies, o hospedeiro natural, que hospeda o vírus na natureza, parece ser o mesmo. É um morcego, que se alimenta principalmente de frutas, e é conhecido como raposa voadora.

Mas os testes feitos em morcegos para o novo vírus deram negativo. Para o MojV, ratos podem ser hospedeiros naturais. Três dos nove ratos estudados estavam infectados.

As vítimas da mina de cobre morreram antes dos cientistas iniciarem os estudos. Por isso, os pesquisadores não conseguiram estabelecer uma relação direta entre o vírus e a morte dos trabalhadores.

Outros dois estudos foram feitos na própria China para identificar morcegos com o vírus. Nenhum obteve resultado positivo, o que pode indicar que o vírus até agora não se alastrou. Os pesquisadores acreditam que a relação entre o vírus e roedores deve ser estudada. (Fonte: UOL)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Quase 40% da água limpa se perde antes de chegar ao consumidor no Brasil

No centro mais populoso do Brasil, São Paulo, uma força-tarefa tenta manter a normalidade no fornecimento de água. Em março, o Sistema Cantareira, que abastece metade da população da região metropolitana da capital, registrou o menor índice nos reservatórios desde 1974, quando o complexo começou a funcionar. Governos e operadoras apelam ao consumidor e oferecem bônus para quem economizar em casa.

Mas não é o consumidor comum o maior responsável pelo desperdício de água limpa, e sim as operadoras do serviço. A maior perda acontece antes mesmo de a água tratada chegar às casas. Atualmente, em média, 38,8% da água é perdida entre a saída da estação de tratamento e a entrada nas casas.

“Não sabemos exatamente onde e como”, diz Osvaldo Garcia, secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, sobre o desperdício. “Fica a cargo de cada prestadora e da agência reguladora de cada região analisar o seu desempenho.”

Os números do desperdício são de 2011. Anualmente, operadoras do serviço enviam seus dados ao Sistema Nacional de Informação de Saneamento (SNIS), que compila as informações. A declaração dos números por parte das empresas não é compulsória. “É obrigatório da seguinte maneira: quem não envia dados não tem acesso a verbas federais”, complementa Garcia.

Os números do ano passado estão em fase final de análise e devem ser divulgados em abril. A expectativa é de que o desperdício caia para 37%. Um índice ainda elevado. “Mas os números estão em queda. Em 2006, era de 43,8%”, aponta Garcia.


Líder em desperdício – “Apesar da redução, esses valores continuam altos. Em Tóquio, essa perda está em torno de 7%”, critica Wilson de Figueiredo Jardim, coordenador do Laboratório de Química Ambiental da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Enquanto no Brasil, o volume perdido chega a 70% em algumas cidades da região Norte.

Mesmo se a economia feita pela população for significativa, a quantidade pouco deve refletir no nível dos reservatórios, lembra Jardim. O comportamento brasileiro segue a tendência mundial: o consumo doméstico de água representa apenas 8% da demanda mundial. A liderança do ranking é da agricultura – a atividade econômica é responsável por 72% da água consumida no país.

Segundo o SNIS, 91% dos municípios brasileiros enviaram ao órgão os dados sobre desperdício. Para especialistas que acompanham o setor, no entanto, os valores declarados são, muitas vezes, apenas estimativas feitas pelas empresas, pois algumas concessionárias não sabem a quantidade exata da sua produção. Sem medidores que determinem valores exatos, a perda pode ser bem maior que o declarado.

“Muitos valores são omitidos. Eles não sabem o quanto perdem de água, porque cerca de 90% das companhias não têm medidores na entrada e saída da estação, então estimam o volume produzido. E muitos mentem para conseguir financiamentos”, afirma o presidente do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sindcon), Giuliano Dragone.

As perdas ocorrem devido a vazamentos na rede e transbordamento de reservatórios, ocasionados por falta de manutenção e de investimentos nos sistemas, além da má gestão, aponta Wilson de Figueiredo Jardim, da Unicamp.

Grande parte dessa perda poderia ser estancada com investimentos em renovação das redes e equipamentos de controle. “O setor privado sabe que a perda é sinônimo de ineficiência. As empresas privadas investem muito em automação e em setorização da rede”, alega o presidente do Sindcon. O setor privado atende a 10% da população brasileira, 70% dos consumidores pagam a companhias estaduais pelo fornecimento de água e 20% a órgãos municipais.

Dragone cita os exemplos das cidades de Limeira e Palestina, no interior de São Paulo, onde em poucos anos houve grandes avanços na redução desse volume. “Em 1995, Limeira tinha perdas na ordem de 45% e quatro anos após a concessão esse valor caiu para 17%. Em Palestina era de quase 50% e, em três anos, conseguiu-se reduzir para 15%”, conta.

Bolso do consumidor – Não são as empresas que arcam com os custos da perda. O consumidor é quem acaba pagando a conta, pois esse valor está incluso na tarifa. “Se as operadoras de água não recebessem pelo desperdício, certamente esse quadro seria muito diferente. Mas elas estão numa posição extremamente cômoda porque perdem água e recebem por ela”, afirma Jardim.

Na opinião do pesquisador, para mudar esse cenário os governos deveriam fixar metas realistas de redução e buscar o comprometimento das prestadoras de serviço com esse objetivo, além de reforçar a fiscalização. No modelo atual, não existe um órgão federal para fiscalizar as perdas – o serviço é feito por agências reguladoras estaduais e municipais.

Mesmo que as empresas cortem o desperdício de água, especialistas não acreditam que a economia seja revertida ao consumidor. “A redução da perda permite sanar problemas de caixas das empresas. A empresa vai conseguir ter uma boa gestão, economizar com a redução e sobrará dinheiro para investir. Reduzir tarifa é complicado, mas melhorar o serviço para a população é possível”, afirma Dragone.

Para reduzir o desperdício, Osvaldo Garcia, do Ministério das Cidades, não acredita que uma fiscalização mais intensa seja a melhor saída. “Tem que haver investimento por parte da concessionária. Ele tem que investir pra diminuir essa perda”, sugere. (Fonte: Terra)

Poluição deixa patos verdes no interior de São Paulo

A poluição no rio Atibaia, causada por despejo de esgoto sem tratamento, gerou a reprodução descontrolada de cianobactérias e algas na represa de Salto Grande, em Americana (127 km de São Paulo). Lá, a plumagem de patos, geralmente branca, foram tomadas pelo verde, cor conferida à água pelos microoganismos. Em alta quantidade, a presença das cianobactérias é prejudicial à saúde humana.

As algas e cianobactérias, de coloração verde, liberam toxinas e, em casos extremos, a morte dos animais. Na semana passada e nesta semana, houve o registro de mortandade de patos sem causa aparente.

Ao homem, entre as consequências da ingestão da água da represa estão a diminuição dos movimentos, prostração, cefaleia, febre, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e hemorragia intra-hepática.

Já para quem tiver contato com a água contaminada, pode haver irritação ou erupções na pele, inchaços dos lábios, irritação dos olhos e ouvidos, dor de garganta e inflamações nos seios da face, além de asma.

Segundo o biólogo Carlos Zappia, presidente da Associação Barco Escola, que desenvolve trabalhos de preservação ambiental na represa e que registrou a coloração verde na área e nos animais, há, hoje, o total de cianobactérias e algas na represa aumentou pelo menos 500% em quatro anos.

“Esses organismos representam significativos níveis de toxicidade que acabam sendo incorporados à cadeia alimentar, incluíndo peixes, podendo levar a um desequilíbrio do ecossistema local, além de causar danos à saúde humana”, disse.

Tratamento – A represa de Salto Grande, utilizada para a produção de energia, é formada a partir do represamento do rio Atibaia. Segundo Zappia, o risco da multiplicação sem controle de microrganismos no reservatório começou a ser debatido há quatro anos.

Em 2010, o alerta foi lançado no Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) de Americana, mas poucas ações foram tomadas desde então.

Para que o problema seja resolvido, é necessário que todas as cidades que despejam efluentes no Atibaia passem a tratar o esgoto de forma completa.

“Alguns esforços se mostram necessários para a solução desse problema, mas nenhum destes será eficaz enquanto não houver um tratamento pleno e eficaz dos efluentes lançados no Rio Atibaia e seus afluentes”, afirma o biólogo e gestor ambiental Denis Marto. (Fonte: UOL)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Tomar sol pela manhã ajuda a perder peso, diz estudo

Acho que o fato de se pegar mais sol pela manhã está relacionado ao grau de sedentarismo do indivíduo: quem é menos sedentário, acorda mais cedo, pratica alguma atividade física e, consequentemente, é mais magro. Do contrário, acorda mais tarde, se exercita menos e é mais gordo. Mas, segundo essa reportagem, não é bem assim. . . então tá.

Sunrise running woman

Tomar sol pela manhã ajuda a perder peso, diz estudo

As pessoas que pretendem, ao invés de ganhar, perder peso durante as férias, devem tomar sol durante a manhã, de acordo com um novo estudo publicado pelo site do jornal Daily Mail.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que tomam sol mais cedo são mais magras do que as optam pelo período da tarde. O relatório mostra que o tempo, a intensidade e a duração da exposição ao sol durante o dia está relacionada ao peso. Essa é a primeira vez que essa associação é feita.

Pessoas que têm uma exposição diária ao sol moderada, pela manhã, têm o Índice de Massa Corporal (IMC) menor do que as que preferem tomar sol mais tarde, de acordo com o estudo feito com 54 pessoas – 26 homens e 28 mulheres – na faixa etária dos 30 anos.

Phyllis Zee, autor da pesquisa, diz que a luz solar é o mais potente agente sincronizador do relógio interno do corpo. “Ele regula o ritmo circadiano, que também regula nosso equilíbrio energético”, diz, acrescentando que 20 a 30 minutos de sol pela manhã são suficientes para afetar o IMC.

Ele explica que se a pessoa não toma sol suficiente, e na hora apropriada, acaba desregulando este relógio, alterando o metabolismo e o ganho de peso.

Kathry Reid, professora associada da Northwestern University Feinberg School of Medicine, de Chicago, e co-autora do estudo, diz que quanto mais tarde for a exposição à luz solar, maior o IMC.

O estudo diz ainda que o fato independe do nível de atividade física da pessoa, seu consumo calórico, idade ou quantas horas ela dorme por dia. (Fonte: Terra)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Espirradeira - cuidado!

Costuma ser muito bonita, com flores exuberantes e muitas vezes, de várias cores. Seu nome científico é Nerium oleander, conhecida popularmente como “Espirradeira”.

Quando diferentes características ocorrem espontaneamente são denominadas “variedades”, mas, no caso da Espirradeira, as diferentes colorações das flores são devido às manipulações decorrentes de “cultivares”.

Você já ouviu falar em “Cultivares”?

Na verdade, as cultivares promovem recombinações no material genético de uma determinada variedade de planta, a partir de esforço humano, que lhes confere características diferentes daquelas que a originaram. Por exemplo, se eu quero ter um exemplar de espirradeira de flor roxa, vou usar técnicas de seleção e cultivo desta planta manipulando suas características e recombinando seu material genético, até que eu obtenha vários exemplares com cor das flores roxas. Algumas cultivares faz com que elas tenham colorações das flores também em amarelo (Nerium oleander ‘Aurantiacum’) e vermelho (Nerium oleander ‘Atropurpureum’), por exemplo.

É importante esclarecer que esta planta é muito tóxica em todas as suas partes (folhas, flores, caule, sementes) mesmo as adquiridas através das cultivares e, apesar de ser muito usada em trabalhos paisagísticos em várias cidades brasileiras, por ser uma planta resistente às condições adversas do ambiente urbano, o contato com ela pode trazer reações alérgicas nas mãos, olhos e até sucessivos espirros, inclusive de acordo com a sabedoria popular.

A ingestão de partes desta espécie vegetal por animais e seres humanos pode ser fatal, uma vez que ela possui uma substância (um glicosídeo cardioativo – a oleandrina) que pode causar danos letais aos tecidos do coração, levando à morte por parada cardíaca… Portanto, tenha atenção e tome cuidado!






Fonte: Blog "Diário de Biologia"

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Baiacu, o peixe que infla

O peixe que conhecemos pelo nome de baiacu, ou peixe-balão, não é exatamente um tipo de peixe. O nome serve para designar uma família da ordem dos peixes Tetraodontiformes que possui a capacidade de inflar o próprio corpo, enchendo o estômago de água.


Essa artimanha é na verdade uma estratégia de defesa, para afugentar possíveis predadores, já que os peixes conseguem aparentar ser muito maiores do que realmente são.

Mas o inchaço está muito longe de ser a maior ameaça desses curioso peixes. Os tetraodontídeos possuem uma toxina muito mortal, chamada tetrodotoxina, armazenada em seus olhos e órgão internos, principalmente no fígado. No entanto, quando os peixes inflam, essa toxina pode se espalhar pela carne e pela pele, podendo vitimar seus predadores.

O mais curioso, é que mesmo com essa perigosa possibilidade, a carne desses peixes é bastante apreciada em algumas regiões asiáticas, como Japão e Coreia.

Fonte: Discovery

quarta-feira, 2 de abril de 2014

EUA: cientistas identificam dinossauro “Frango do Inferno”


A partir de fósseis encontrados nos estados americanos de Dakota do Norte e Dakota do Sul, cientistas identificaram neste mês o dinossauro Anzu wyliei em território americano. O “Frango do Inferno” (Chicken from Hell, em inglês), como foi apelidado, é o maior exemplo americano de um tipo de animal pré-histórico parecido com pássaro conhecido por ter habitado a Ásia, segundo informações da agência de notícias Reuters.

Réplica do Anzu wyliei, o Frango do Inferno, no Museu de História Natural de Pittsburgh, nos EUA Foto: Reuters

O espécime ganhou o apelido de “Frango do Inferno” após a avaliação de sua forma física: cabeça em forma de pássaro, bico sem dentes, crista em seu crânio, mão com grandes garras afiadas, pernas longas para correr rapidamente e seu corpo era provavelmente coberto de penas.

Anzu wyliei, em criação do artista Bob Walters Foto: Reuters

Pesquisadores disseram que o “Frango do Inferno” media cerca de três metros e pesava de 200 kg a 300 kg. Cientistas acreditam que as aves surgiram muito antes de pequenos dinossauros emplumados. A ave mais antiga conhecida viveu há cerca de 150 milhões de anos. (Fonte: Terra)

Doença do beijo


Festas, bebida e euforia… O beijo acaba acontecendo com pessoas que você nunca viu. Algumas pessoas beijam várias bocas desconhecidas em uma única noite. Este comportamento que parece divertido pode desencadear a “doença do beijo” conhecida como mononucleose infecciosa.

A mononucleose infecciosa é transmitida pelo contato com o vírus Epstein-Barr, transmitido pela saliva e troca de secreções, principalmente através do beijo. Este contato salivar resulta não somente em uma infecção crônica, mas também no surgimento de tumores, principalmente, a partir da morte de células do sistema imunológico com o linfócito-T.

Agora prepare-se para saber: Hoje, quase 90% dos adultos são soropositivos, ou seja, já tiveram contato com o vírus e possuem anticorpos específicos para ele. Isso quer dizer que em quase todos os adultos, um dos episódios de gripe da sua vida foi, certamente, antes uma mononucleose infecciosa.

A infecção acontece, como já dito, pela saliva alheia, e os sintomas só aparecem entre 4 e 8 semanas após o contato com o vírus. A infecção começa na mucosa das células da faringe, depois atinge o tecido linfático, onde continua a multiplicar-se. O sistema imunológico detecta a infecção e secreta citocinas defensivas que causam febre alta (39-40 °C), mal estar, fadiga, dores de garganta, (faringite) e por vezes hepatite moderada, aumento dos gânglios linfáticos do pescoço. Nosso organismo cuida para que a infecção seja controlada em alguns dias, no entanto, o vírus permanece por toda vida do indivíduo escondido de forma latente, só aguardando o momento de poder invadir outro organismo através de um beijo inocente.


Biólogos garantem que Homo sapiens está passando por uma evolução inédita!


Essa vale à pena a cópia. Achei essa informação no blog "Diário de Biologia" e reproduzo aqui. As alterações descritas já são bastante evidentes, e o que vem por aí é fácil imaginar. . .

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Não dá para negar: o ser humano atual está mais alto, mais gordo, sexualmente precoce e menos fértil. Segundo o Biólogo Jean-François Bouvet, os humanos vem apresentando indícios de uma evolução inédita, que ele chama de “retroevolução”. Acredita-se que pela primeira vez na história, as modificações causadas pelo homem no ambiente é o principal fator desta evolução, superando a seleção natural, de Darwin.

Pela primeira vez, depois do 200 mil anos de existência, a multiplicidade de mudanças e transformações afetam diretamente a nossa espécie em diversos âmbitos. Um estudo mostrou que a estatura dos franceses, por exemplo, aumentou em quase 5 centímetros em trinta anos, enquanto a proporção de obesos quase dobrou nos últimos 15 anos, atingindo 15% da população.

Outro exemplo diz respeito a chegada precoce da puberdade, principalmente entre as meninas. Um estudo realizado nos Estados Unidos mostra que uma menina branca em cada dez e uma menina negra em cada quatro atingem a puberdade aos sete anos. De fato, é bastante evidente, se comparado com nossos avós, que a menorreia tem surgido cada vez mais cedo.

A contagem de espermatozoide dos homens em idade fértil caiu 40% nos últimos 50 anos e isso coloca a fertilidade em “queda livre”. Além disso, os homens tem apresentado uma redução considerável dos níveis de testosterona e por isso apresentam uma suavização dos traços associados a masculinidade. Ou seja, o homem está cada vez mais aparentemente afeminados.

Será o início do fim? Por sorte, a medicina moderna já encontrou solução para evitar que o ser humano entre em extinção nas próximas centenas de anos. Hoje já é possível fabricar espermatozoides em laboratório a partir de células-tronco (já realizado em ratos) e para os próximos 50 anos, estuda-se o útero artificial.


Fonte: Info