As aves de rapina, por serem predadoras, necessitam de diversas adaptações para a caça ativa, como visão e audição apuradas, garras e bicos fortes e afiados, etc. Cada espécie é moldada de acordo com o tipo de presa que captura e ambiente em que vive.
A visão dessas aves é incrível, muitas detectam suas presas a grandes distancias. A águia-real (Aquila chrysaetos), por exemplo, consegue ver uma lebre a mais de 3 km de distância. Os olhos são voltados para frente, é resultado de uma adaptação a localização de sua presa, dando noção de distância e profundidade. Os olhos também são proporcionalmente grandes em relação à cabeça, apresentando milhares de células da retina (cones e bastonetes). Nas corujas os olhos são tão grandes que ficam imóveis dentro de seu crânio, campo visual limitado na qual é compensado com a excelente capacidade de girar a cabeça a 270º graus devido ao número maior de vértebras cervicais em relação a outros vertebrados (duas vezes mais que na espécie humana).
Assim como em outras aves, elas possuem nos olhos uma membrana fina chamada de membrana nictitante, cuja finalidade é limpar e proteger os olhos de poeiras em voo, ciscos, etc. As corujas, como são em grande maioria noturnas, possuem adaptações morfológicas adicionais para caçar em ambientes com ausência de luz. Os olhos dessas aves noturnas possuem uma camada de células atrás da retina chamada tapetum, que reflete a luz sobre as células bastonetes, imprimindo uma segunda vez a mesma imagem e possibilitando melhor captação de luz. Como resultado, as corujas possuem uma visão noturna excelente, enxergando de 10 a 100 vezes mais que os humanos.
Fonte: http://www.avesderapinabrasil.com/
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