Explorar outros planetas tem sido a grande ambição da ciência desde que o homem chegou à Lua. O problema é que os pesquisadores não desenvolveram nenhum método eficaz que facilite a adaptação dos astronautas em condições interplanetárias bastante distintas da atmosfera terrestre - especialmente a falta de oxigênio. Nem mesmo as plantas conseguem sobreviver em gravidade zero.
Mas uma ideia promissora pode mudar o rumo das viagens espaciais nas próximas décadas. Trata-se de uma folha artificial capaz de fazer fotossíntesse com base no mesmo processo realizado pelas plantas naturais, isto é, transformar gás carbônico e água em oxigênio, sem a necessidade de periféricos ou qualquer outro equipamento tecnológico. A invenção é do estudante de pós-graduação Julian Melchiorri, da universidade britânica Royal College of Art.
De acordo com o CNET, a folha biologicamente funcional foi criada por meio de um material que possui em sua composição os chamados cloroplastos, as estruturas presentes em células vegetais responsáveis pela fotossíntese. Após serem extraídos de plantas de verdade, esses cloroplastos foram revestidos por proteínas de seda que, além de dar um efeito visual semelhante ao de uma folha comum, possuem uma incrível propriedade de estabilizar moléculas e produzir oxigênio a partir de dióxido de carbono, água e luz.
Julian acredita que as aplicações da folha artifical são inúmeras, desde objetos de decoração em abajures e áreas externas até o fornecimento de ar fresco em ambientes mais fechados. Nesse caso, as folhas poderiam ser usadas para "cobrir" fachadas de edifícios e exalar ar fresco em grandes cidades dominadas pela poluição, como São Paulo e Hong Kong. Seu uso também poderia ajudar na exploração espacial, já que o objeto só precisa de um pouco de luz e água para fabricar oxigênio.
O projeto é animador, mas é preciso levar em consideração que Julian é estudante de design, e não um cientista. Talvez o protótipo da folha, batizada de "Silk Leaf", possa ser aprimorado no futuro por engenheiros e pesquisadores especializados, como os da Agência Espacial Americana (NASA), uma vez que os esforços para levar humanos à Marte são um dos focos da entidade.
Fonte: Canaltech.com.br
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