sexta-feira, 11 de março de 2016

Rússia quer usar foguetes nucleares para chegar a Marte



Rússia quer usar foguetes nucleares para chegar a Marte em 45 dias


A Rússia acredita ter uma proposta para chegar a Marte muito mais rápido do que os 18 meses esperados para uma viagem com a tecnologia atual. A Rosatom, a companhia estatal de energia nuclear, anunciou está desenvolvendo um motor nuclear, que seria capaz de levar pessoas da Terra até o planeta vermelho em apenas 45 dias, com combustível suficiente para voltar. 

Com a tecnologia atual, não só é demorado e arriscado ir para Marte, como também é muito provável que a viagem não tenha volta, devido justamente ao problema do combustível. O uso da energia nuclear poderia ser uma alternativa. 

O problema é, como tudo na vida, dinheiro. A situação econômica da Rússia não é tão boa para bancar um projeto do tipo, então há a chance de que não seja possível cumprir a meta de lançar um protótipo em 2025. Os desafios técnicos, curiosamente, não são o problema neste caso. 

Acontece que, graças à Guerra Fria, tanto Estados Unidos quanto União Soviética trabalharam com sistemas de propulsão a fissão nuclear. A questão é que, na época, estes sistemas foram projetados para satélites relativamente leves, e não para naves interplanetárias repletas com os equipamentos necessários para manter a vida durante a viagem. 

De qualquer forma, a adaptação “não seria muito complicada”, explica Nikolai Sokov, do Centro James Martin de Estudos para a Não-Proliferação na Califórnia à Wired. A principal questão técnica e financeira é construir uma nova em volta destes sistemas de propulsão, que são diferentes da técnica mais comum com queima de combustível. 

A Rosatom não entrou em detalhes sobre como faria este sistema de propulsão, mas ao que tudo indica a ideia é usar fissão termonuclear. A ideia é dividir átomos, o que gera muito calor (o conceito é similar ao da bomba atômica), e aproveitar este calor para queimar hidrogênio ou outro combustível. Direcione o fogo para um lado (para baixo), e o foguete irá para o outro (para cima). 

Fonte: Olhar Digital

Inversão térmica - o fenômeno que retém poluentes na atmosfera.

A inversão térmica dificulta a dispersão do ar poluído. 

inversão térmica poluição

Segundo a ONU, ocorrem oito milhões de mortes ao ano em consequência da poluição do ar. A geração de poluentes e o impacto na saúde das pessoas dependem tanto da existência de fontes emissoras, como também da dispersão de gases. Essa dispersão está relacionada com variáveis como posição da chaminé das fábricas, topografia do local, direção dos ventos e clima.

As principais fontes da poluição atmosférica são as fábricas e os meios de transporte. O transporte polui por conta da combustão da gasolina, óleo diesel, álcool, entre outros, o que gera gases como monóxido de carbono, óxido de enxofre, gases sulfurosos, além de diversos hidrocarbonetos não queimados.

A inversão térmica é um fenômeno que dificulta a dispersão dos poluentes gerados nos centros urbanos. Ela é consequência do rápido aquecimento e resfriamento da superfície. Esse fenômeno pode ocorrer naturalmente ou ser causado pela maneira que a cidade está estruturada.

Como ocorre a inversão térmica?

As camadas da atmosfera têm diferentes distâncias e características. A troposfera (camada mais próxima ao solo) tem a característica de apresentar uma diminuição de temperatura com o aumento da altitude. Nessa camada, o ar costuma circular em movimentos verticais (correntes de convecção) por conta da diferença de temperatura existente entre o ar das camadas mais baixas e o ar das camadas mais altas.

Camadas da atmosfera


Em decorrência da absorção da radiação solar, o ar mais perto do solo costuma ser mais quente. Por isso, esse ar tem as moléculas mais agitadas, que ocupam maior volume com menor peso (o que torna o ar menos denso). A tendência dessa massa de ar menos densa é sofrer um movimento de ascensão. Com esse movimento, a massa menos densa ocupa o lugar da massa que está em uma temperatura inferior (mais densa), movendo-a para baixo. A medida que a massa de ar quente sobe, ela se resfria e continua o processo de ascensão por encontrar massas de ar mais densas do que ela. Esse processo faz com que a massa de ar que estava próxima ao solo suba e leve consigo as partículas de poluentes que estavam nela. Esse é o funcionamento típico das massas de ar na troposfera, e colabora com a dispersão da poluição local.

Porém, em alguns dias, ocorre uma inversão desse processo. Essa inversão ocorre principalmente durante o inverno, quando as noites são mais longas (menos radiação solar) e a umidade cai, podendo criar uma camada de ar frio próxima ao solo e abaixo da primeira camada de ar quente. O ar frio, como é mais denso, tende a ficar preso abaixo da camada quente, retendo todos os poluentes consigo, uma vez que o ar não está mais circulando. Essa inversão das massas de ar é chamada de inversão térmica.


Esse fenômeno ocorre principalmente em centros urbanos, onde as correntes prendem o ar poluído próximo ao solo. A inversão térmica se torna um problema quando o ar possui altas concentrações de poluentes. Essa retenção de poluentes na atmosfera pode provocar ou agravar problemas de saúde, principalmente relacionados a doenças das vias respiratórias, como pneumonia, bronquite, asma, etc.

Medidas de diminuição de emissão de poluentes são essenciais para reduzir o problema da poluição do ar agravado pela inversão térmica. Atitudes como trocar o transporte automotivo individual pelo coletivo ou bicicleta, cobrar que fábricas e o setor automotivo gerem menos gases, ou gases menos poluentes, e consumir conscientemente são exemplos de ação que podem contribuir para reduzir os efeitos desse fenômeno.

Fonte: eCycle.