segunda-feira, 31 de março de 2014

Cosmos - a nova série


Hoje um aluno do 8º ano comentou comigo, empolgado, sobre essa série. Seu entusiasmo ao falar da série (totalmente repaginada) responde a um dos questionamentos da belíssima reportagem da Revista Ciência Hoje: consegue, sim, ser interessante e relevante para a nova geração de expectadores. Talvez mais do que foi para a minha, graças aos recursos mais avançados, facilitando a compreensão e imaginação das coisas. Segue abaixo a reportagem da revista.


O Cosmos da nova geração


A nova série ‘Cosmos’ tem como meta atualizar a clássica produção estrelada por Carl Sagan, utilizando a tecnologia para ambientar uma fantástica viagem pelo espaço-tempo. (imagem: divulgação)


Na onda dos remakes na indústria do entretenimento, uma clássica série dos anos 1980 voltou repaginada à programação da TV em 2014. Cosmos, originalmente apresentada pelo astrofísico norte-americano Carl Sagan, no entanto, não é uma produção qualquer: foi um marco na história da divulgação científica mundial.


A nova versão, que propõe uma viagem mais tecnológica e visual pelo espaço-tempo – agora guiada pelo também astrofísico norte-americano Neil deGrasse Tyson, discípulo do próprio Sagan –, precisa lidar com outras questões científicas e contextos socioculturais distintos para responder a uma pergunta ingrata: é possível ser relevante como sua predecessora num mundo globalizado e com uma concorrência muito maior de seriados semelhantes?

A Cosmos original, que estreou na rede norte-americana PBS em 1980, apresentou a toda uma geração, nos resquícios da corrida espacial e da Guerra Fria, temas como a exploração do espaço, a história da Terra, a origem da vida e possibilidade de vida fora de nosso planeta. Vista por centenas de milhões de pessoas, inovou ao apresentar a discussão científica como entretenimento, explorando temas complexos de forma simples. Sucesso de crítica, a produção recebeu três prêmios Emmy e a versão impressa dos roteiros do programa foi elencada em 2012 pela Biblioteca do Congresso norte-americano entre os 88 livros que deram forma aos Estados Unidos.
Série Cosmos original
A série ‘Cosmos’ original foi um importante marco da popularização da ciência, tendo sido assistida por centenas de milhões de telespectadores em todo o mundo. (foto: Wikimedia Commons)


O remake de 2014 estreou no início de março – o terceiro capítulo, de um total de 13, vai ao ar nesta quinta-feira (27/03), às 22h30, no National Geographic Channel – e conta com a participação da viúva e colaboradora de Sagan, Ann Druyan, além da produção executiva de Seth Macfarlane (criador do desenho Uma família da pesada e fã declarado de Sagan). Seu objetivo é o mesmo da série original: levar a ciência a todos os públicos. “Quando Sagan era vivo, não tentávamos pregar para os convertidos. Queríamos evocar nas pessoas, que talvez fossem até hostis à ciência, um senso de deslumbramento”, afirmou Druyan ao Space.com. 


Uma jornada pelo espaço-tempo

A estreia da produção foi suntuosa: foi ao ar em 170 países, em 48 idiomas, e contou com ninguém menos que o presidente Barack Obama como garoto-propaganda. Para Bruno Mendonça, astrônomo do Planetário do Rio de Janeiro, os produtores estão sendo acertadamente ambiciosos. “A série original foi um grande sucesso e temos visto a ciência se tornar tema principal em várias séries televisivas, aparecendo até mesmo em comédias como The Big Bang Theory; ela está na ‘crista da onda’”, avalia.

Nos dois primeiros episódios, Cosmos falou das origens da vida, abordou a evolução da vida desde a Terra primordial até o ser humano, recordou grandes extinções, visitou a Inquisição e viajou até as luas de Saturno e seus oceanos de metano líquido. A viagem percorreu exatamente esse trajeto pouco lógico, tão parecido com a memória humana – um recurso interessante para correlacionar assuntos, mas que às vezes cria certo desconforto por deixar temas em aberto e histórias por contar (em alguns casos, provavelmente nos próximos capítulos).

Para a produtora cultural Roberta Manaa, idealizadora do projeto de rodas de leitura do Planetário do Rio de Janeiro e uma das organizadoras da Jedicon, a série tem mantido sua característica original de tornar palpáveis temas complexos, sem acabar com seu encantamento natural e sem evitar pontos espinhosos. “Vivemos em um momento delicado, no qual muitos propagam ideologias que vão contra a ciência e contra o acesso ao conhecimento. Por isso, todo esforço para trazer assuntos complexos para uma linguagem compreensível é válido”, diz. “Um bom exemplo disso foi dado pela Fox Oklahoma, que tirou o programa do arquando foi abordado o tema da evolução, alegando ‘problemas técnicos’, sanados assim que essa parte acabou.”

O astrônomo Fernando Roig, do Observatório Nacional, pondera, no entanto, que ressuscitar uma série clássica, independentemente do resultado final, sempre traz um quê de falta de originalidade. “A Cosmos original foi única em muitos aspectos, como foram outras séries da mesma época. É difícil conceber um remake que possa ter o impacto que tiveram”, acredita. “Mas eu sou velho e ainda por cima sou astrônomo; talvez essa opinião deva ser dada por um adolescente curioso, como eu era quando vi a original.”

Se hoje os documentários científicos como Cosmos se tornaram mais comuns (ao menos na TV paga), Roig ressalta que o cenário era diferente na década de 1980, em especial no Brasil. “Não havia Discovery, History e canais desse tipo, o melhor dos mundos era quando a TV aberta passava algum documentário velho da BBC”, relembra. “Por isso, Cosmos teve um impacto tão grande; ela inovou em termos de linguagem científica, efeitos especiais e, principalmente, ao abordar um tema até então inexistente no mundo do documentário: a astronomia, e a sua relação com o pensamento humano.”

Bruno Mendonça também destaca a mudança de cenário, mas acredita numa concorrência não excludente. “Há muito mais séries com temática científica hoje – e quanto mais, melhor!”, comemora. “A inovação da nova Cosmos não é sua existência, mas os recursos tecnológicos que pode utilizar.”


Nova versão da série Cosmos
Para nos guiar por uma fantástica viagem da origem da vida aos confins do Universo, Neil deGrasse Tyson conta hoje com muitos recursos tecnológicos que não estavam à disposição de Carl Sagan em 1980. (imagem: divulgação)


De fato, a série atual lança mão de animações digitais que não existiam na época de Sagan e algumas passagens chamam a atenção pela riqueza estética (como a árvore da vida e o passeio pelo Sistema Solar do segundo episódio) – mas contrastam com a simplicidade do cenário da ‘nave’ em que Tyson nos leva pelo espaço-tempo, que parece aquém do esperado para uma produção atual. 

Uma viagem pessoal pela ciência

As transformações midiáticas e tecnológicas, claro, não foram as únicas – a ciência também mudou nessas três décadas. “Muitos avanços aconteceram em todas as áreas, o que justifica o remake”, avalia Fernando Roig. “O próprio Sagan fez atualizações no original, adicionando conteúdo no fim dos capítulos, mas o resultado não foi bom.”

Mendonça, no entanto, relativiza as mudanças na ciência. “A nova Cosmos traz um calendário cósmico proposto por Sagan que mostra como nossa presença no Universo é recente”, explica. “Muita coisa aconteceu em 30 anos, a ciência evoluiu, mas quase nada mudou tanto assim, os principais temas permanecem atuais.” Uma das curiosidades dos fãs é como serão mostradas as descobertas sobre os exoplanetas, que não eram conhecidos na época da série original.

Mais do que no conteúdo, Roig aponta grandes diferenças na abordagem das duas produções – algo de certa forma refletido no próprio subtítulo das versões, que passou deUma viagem pessoal para Uma jornada pelo espaço-tempo. “A primeira série tinha uma cadência que chamava à reflexão, era uma viagem pessoal filtrada pelos olhos de um pesquisador de opiniões muito fortes”, pondera. “Até aqui, a nova versão parece mais alinhada com o formato informativo dos documentários modernos, não há uma visão pessoal de Tyson – mas talvez ainda seja cedo para julgar isso.”

De forma geral, esperava-se mais de Cosmos do que apenas entretenimento de qualidade – afinal, a série original teve grande importância para a popularização da ciência para toda uma geração. Mas essa talvez seja uma expectativa injusta, dados os contextos social, econômico e cultural em que vivemos hoje. Pode ser demais acreditar que uma série de televisão, mesmo uma desse naipe, seja capaz de mudar concepções e resolver celeumas intermináveis sobre pontos que envolvem diversos interesses comerciais e até religiosos, como mudanças climáticas, energia limpa, sustentabilidade e evolução.

Neil deGrasse Tyson
Discípulo de Carl Sagan e um dos nomes mais conhecidos da área da popularização da ciência hoje em dia, Neil deGrasse Tyson tem a dura missão de substituir seu ‘mestre’ e tentar fazer da nova ‘Cosmos’ um marco tão significativo como a produção original. (imagem: divulgação)

Por sua vez, Tyson tem recebido críticas devido à sua posição em relação a determinados temas – em especial pela ‘neutralidade’ quanto à utilização militar do conhecimento científico. Sagan, apesar de grande incentivador da exploração espacial, foi grande crítico do projeto militarista do então presidente Reagan de criar um sistema de defesa espacial contra mísseis soviéticos (o famoso projeto Guerra nas Estrelas). Tyson parece ter uma visão mais romântica sobre o papel do cientista na sociedade e tende a isentá-lo da responsabilidade por esse tipo de uso do seu trabalho.

De qualquer forma, Roberta Manaa defende a escolha do astrofísico, um discípulo do próprio Sagan, para assumir a nova Cosmos. “Tyson parece apaixonado pelo que faz, é engraçado, inteligente, inspirador. Não imaginaria ninguém além dele que pudesse assumir esse papel”, diz.

A produtora cultural destaca, ainda, a importância da série e de outras produções de temática científica para despertar o interesse dos jovens pela ciência. “Ao seu modo, séries, documentários e até produções como Jornada nas Estrelas geram inquietude, admiração e desejo de conhecer”, avalia. “Isso é importante em especial em países como o Brasil, onde o investimento em educação e ciência não é o ideal e a qualidade da programação da TV é ruim, mas existe interesse por teatro e cinema de ficção científica e por atividades de divulgação.”


Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line

quinta-feira, 27 de março de 2014

Crueldade humana - Cadela é resgatada viva após ficar 2 dias enterrada

11 Mar 2014


A que ponto o ser humano pode chegar? A cadela “Bela”, como vem sendo chamada pelos bombeiros, foi enterrada viva com apenas o focinho e parte da cabeça para fora da terra onde permaneceu por pelo menos dois dias, segundo os veterinários. Por sorte do destino Bela foi encontrada por moradores e o corpo de bombeiros foi acionado.

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O resgate da cadela foi registrado pelos bombeiros que parecem não acreditar no que veem. Bela foi retirada da terra muito debilitada, não tinha forças nem para latir e estava praticamente imóvel quando foi carregada até a viatura. Os veterinários estão esperançosos com a recuperação, apesar de todas as lesões na pele e da desnutrição. Agora, o quadro está estável. Ela está se alimentando bem, toma água. Entretanto, ainda não consegue caminhar sozinha, nem tenta se levantar.

O triste episódio ocorreu em Vera Cruz, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul em loteamento em construção. A polícia está à procura dos responsáveis que podem pegar de três meses a um ano de prisão e que a justiça seja feita.

Fonte: Diário de Biologia (11/03/2014)

O último dia dos dinossauros

O último dia dos dinossauros 




Documentário produzido pela Discovery Channel em 2010, mostra como o asteróide que caiu em Yucatán há 65 milhões causou a extinção em massa que dizimou os Dinossauros. Uma viagem interessante e muito bem feita, esclarecedora e emocionante sobre um momento histórico do nosso planeta. Copie o link e cole na janela do navegador: http://www.youtube.com/watch?v=e0SuBWQu7G8

sexta-feira, 7 de março de 2014